O ex-presidente Jair Bolsonaro teve uma conta com US$ 135 mil suspensa após a operação da Polícia Federal que apurou fraudes em cartões de vacinação.

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De acordo com o colunista, Paulo Cappelli, o dinheiro havia sido depositado no BB Americas, subsidiária do Banco do Brasil nos Estados Unidos, em dezembro do ano passado.

Após a operação Venire da PF, que ocorreu no início de maio, o BB Americas suspendeu a conta de Bolsonaro e o dinheiro foi convertido em reais.

Após isso o banco transferiu o dinheiro para outra conta do ex-presidente, no Banco do Brasil.

O desdobramento das investigações faz a PF apurar se haveria a existência de mais contas ligadas a Bolsonaro nos Estados Unidos.

De acordo com informações obtidas pelo colunista, a conversão forçada acabou gerando prejuízo ao ex-presidente.

Porque quando os cerca de R$ 700 mil foram transferidos para o exterior, o dólar valia aproximadamente R$ 5,30.

Quando o valor foi convertido em reais, a moeda americana estava mais desvalorizada, chegando na casa dos R$ 5,00.

Bolsonaro havia depositado o dinheiro no BB Americas pouco antes de deixar a Presidência.

O investimento no exterior teria sido realizado devido à desconfiança de Bolsonaro em relação à economia brasileira no governo Lula.

Segundo aliados, a transferência seguiu todos os trâmites legais.

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As investigações da Polícia Federal apontam que o ex-ajudantes de ordem de Bolsonaro, Mauro Cid faz parte de um grupo ligado ao ex-presidente que inseriu informações falsas no Conecte-SUS para obter vantagens ilícitas e emitir certificados de vacinação contra a Covid-19.

Além de Bolsonaro e da filha, foram emitidos certificados de vacinação com dados falsos em nome de Cid, da esposa dele e das três filhas do casal.

Segundo a PF, os dados de vacinação do ex-presidente foram incluídos no sistema do Ministério da Saúde em Duque de Caxias, mesma cidade onde Cid teria conseguido o cartão de vacinação da esposa.

O que foi confirmado por uma enfermeira da prefeitura de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro à Polícia Federal (PF).

Ela afirma que emprestou a senha para o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha, apagar os registros de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Brecha está entre os seis presos na operação que foi deflagrada no dia de 3 de maio.

Na época, a Polícia Federal já tinha suspeitas de uma conta no exterior ligada a Jair Bolsonaro (PL).

A apuração ocorreu no âmbito da tentativa da corporação de identificar se o tenente-coronel Mauro Cid, praticou lavagem de dinheiro.