Durante a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP), realizada em Dubai, nos Emirados Árabes, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad divulgou nesta sexta-feira (1º), o lançamento do Plano de Transformação Ecológica.

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O Plano é um novo instrumento de engajamento diplomático que reposiciona o Brasil no sistema internacional e questiona paradigmas de desenvolvimento ao vislumbrar um novo papel para o Sul Global no mundo contemporâneo. Trata-se de uma proposta que apresenta a região como centro da economia verde ao defender uma globalização ambientalmente sustentável e socialmente inclusiva. 

Ele está estruturado em cinco eixos: financiamento sustentável, desenvolvimento tecnológico, bioeconomia, transição energética, economia circular e infraestrutura e adaptação às mudanças do clima. Entre as medidas, estão o mercado regulado de carbono, a criação de núcleos de inovação tecnológica nas universidades, a ampliação de áreas de concessões florestais, a eletrificação de frotas de ônibus, o estímulo à reciclagem e obras públicas para reduzir riscos de desastres naturais.

Em seu discurso, proferido no mesmo dia em que o Brasil passa a presidir o G20, Haddad afirmou que os primeiros estudos da iniciativa privada indicam que a transformação ecológica poderia gerar de 7,5 a 10 milhões de empregos em todos os setores – com enfoque no segmento de bioeconomia, agricultura e infraestrutura -, e oportunidades de geração de renda.

“O Plano de Transformação Ecológica que eu tenho a honra de apresentar a vocês hoje visa unir forças em torno de um objetivo histórico: interromper cinco séculos de extrativismo e destruição do meio ambiente para posicionar o Brasil na vanguarda do desenvolvimento sustentável”, ressaltou o ministro.

Fernando Haddad elencou, ainda, os Projetos de Lei sobre hidrogênio verde e a geração de energia eólica offshore, aprovados recentemente pelo Congresso Nacional, como setores cruciais para a transição energética que detêm enorme potencial para o país. O Brasil também revisou a Contribuição Nacionalmente Determinada (iNDC) para alcançar uma redução de 53% nos níveis de emissões em relação ao ano de 2005, meta climática mais ambicionada que a de vários países desenvolvidos, incluindo os Estados Unidos.

Por fim, o ministro da Fazenda citou estudos que indicam que o Brasil precisa, para transformação ecológica, de US$ 130 a US$ 160 bilhões de investimentos anuais nos próximos 10 anos, principalmente em infraestrutura. “A boa notícia é que temos um histórico de capacidade de mobilização de investimentos e de criação de infraestrutura sustentáveis. Se hoje somos um gigante das energias renováveis é graças aos investimentos públicos”

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou que é preciso juntar economia com ecologia para enfrentar as mudanças climáticas. “Nós já temos a tecnologia para isso, já temos boa parte da resposta técnica e agora nós estamos juntando resposta técnica com compromisso ético e político do presidente Lula de liderar pelo exemplo”, afirmou. 

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