O Botafogo conseguiu se classificar para a próxima fase da Copa do Brasil, depois de arrancar um empate por 1 a 1 contra o Sergipe, já nos minutos extras. Mas o jogo acabou em confusão.
A equipe nordestina ficou revoltada com o gol do Alvinegro, que saiu aos 59 minutos e 30 segundos, tempo além do acréscimo sinalizado pelo árbitro Bráulio da Silva Machado.
Houve invasão do gramado por parte de dirigentes e ex-dirigentes do Sergipe, que agrediram o juiz.
O Batalhão de Choque da PM entrou em campo para fazer um escudo de proteção em torno da arbitragem.
+ Envie esta notícia no seu WhatsApp
+ Envie esta notícia no seu Telegram
Pelo regulamento, o empate classficava o Botafogo, que vinha de duas derrotas em clássicos no Cariocão, contra Vasco e Flamengo.
Ao longo da partida, o Alvinegro jogou mal. O gol só saiu depois de três cobranças de escanteio.
Já o Sergipe soube aproveitar a oportunidade com Augusto Potiguas, que marcou uma bela cobrança de falta, aos 46′ minutos.
O time de Aracaju ainda teve mais chances de finalizar, mas a boa atuação do goleiro Lucas Perri salvou a noite do Fogão.
Confusão começou no fim da partida
Após o apito final, os jogadores e integrantes da comissão técnica do Sergipe cercaram Bráulio da Silva Machado e questionaram sobre o não encerramento da partida.
Foi quando o presidente, Ernan Sena, agrediu o árbrito. Em seguida, o dirigente levou um golpe no rosto de um dos bandeirinhas, que o deixou sangrando.
Alguns torcedores tentaram contê-lo, mas Sena seguiu cercando a barreira da PM para atacar o juiz.
O técnico do Botafogo também foi ameaçado pelo ex-vice do Sergipe, Saulo Aragão, que tentou bater no treinador enquanto segurava uma criança no colo.
Confira o momento em que a confusão começou:
Goleiro do Sergipe detona CBF
O goleiro Dida, do Sergipe, criticou a Confederação Brasileira de futebol (CBF), pela atuação da arbitragem.
“CBF, você é uma vergonha. O que o árbitro fez foi uma safadeza”, detonou o arqueiro.
“Ele falou para mim: ‘Levanta, senão eu vou dar mais 1 minuto’. Eu levantei e ele deu mais 1. O que o árbitro fez hoje foi uma safadeza e ele sabe, por isso apanhou”, acrescentou.
O juiz Bráulio da Silva Machado deu oito minutos de acréscimo. Todo o banco do Sergipe se manifestou e pressionou pelo fim da partida.
Mas o apito final só veio minutos após o gol do Botafogo, depois de uma nova tentativa de ataque do Sergipe.
RELACIONADAS
+ Marçal, do Botafogo, provoca Flamengo no Instagram após vice na Recopa
+ Com gol em tempo recorde, Flamengo vence o Botafogo pelo Cariocão
+ Libertadores: Atlético-MG avança para terceira fase prévia da Copa
+ Botafogo presta homenagem ao torcedor Amazonino Mendes
Técnico Luís Castro reconhece atuação ruim
O técnico do Botafogo, Luís Castro, fez duras críticas ao próprio time pela atuação da noite.
“O Sergipe foi melhor do que nós ao longo do jogo todo. Felizmente, fomos premiados em um jogo em que não merecíamos a classificação”, reclamou.
Antes da confusão começar, o português cumprimentou o técnico do Sergipe, Daniel Neri.
Mas depois de ser ameaçado, Castro, que reclamou da atuação da PM no jogo passado contra o Flamengo, deixou o campo sem dar entrevistas.
Na coletiva, o treinador disse não ter compreendido o ataque que sofreu.
“Fiz meu trabalho de forma normal, não fui mal educado com ninguém. Não entendi [a tentativa de agressão], sinceramente”, comentou.
Próximos compromissos do Botafogo
O Fogão volta a campo no domingo (5), contra o Resende, às 16h (de Brasília), pelo Cariocão 2023.
O jogo é válido pela décima rodada da Taça Guanabara e será no Estádio Kléber Andrade, em Cariacica-ES.
No dia 8 de março, o Botafogo tem o último compromisso pelo estadual, contra a Portuguesa. O local e horário ainda serão definidos.
