O coronel da Polícia Militar do Distrito Federal Jorge Eduardo Naime Barreto apresentou um atestado médico à CPI dos Atos Golpistas do Congresso, e não vai participar da comissão nesta segunda-feira (26).

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

A informação foi divulgada pelo gabinete da senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da comissão.

O presidente da CPI, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), informou que com o atestado, a reunião da CPI será aberta e, na sequência, fechada, sem depoimentos.

Até o momento uma nova data para o militar comparecer à CPI não foi divulgada.

Neste domingo (25), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o coronel a ficar em silêncio no colegiado.

Moraes atendeu parcialmente a um pedido do policial militar, garantindo a Naime o direito de não responder a perguntas que possam levar à autoincriminação do depoente.

O magistrado também assegurou ao coronel o direito de ser acompanhado por advogados e de se comunicar com os defensores durante participação na Comissão Parlamentar de Inquérito.

RELACIONADAS

+ Atos Golpistas: CPI recebe 48 pedidos de quebras de sigilo em 48h

+ CPMI Atos Golpistas: senadores querem saber qual estratégia de Lula

+ Bolsonaro: filho nº 3 é sócio de empresário que apoiou atos golpistas

Em uma estratégia de governistas, Naime foi convocado pela CPI dos Atos Golpistas na condição de testemunha. Nesses casos, o convocado é obrigado a comparecer e prestar o compromisso de dizer a verdade.

A defesa do militar pediu ao STF que o dispensasse de comparecer à CPI, sendo tratado pelo colegiado como investigado.

Jorge Naime figura como investigado no inquérito do STF que apura possíveis omissões de autoridades pelos atos do dia 8 de janeiro, em Brasília. O militar está preso desde fevereiro.

Em janeiro, o coronel era chefe do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal.