Siga o Canal do Portal Norte no WhatsAppO corpo do ex-governador Amazonino Mendes foi cremado na tarde deste sábado (18), no Amazon Crematório, bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus.
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A cerimônia foi restrita a familiares e amigos próximos.
No local, o caixão seguiu para uma sala reservada ao som de músicas instrumentais como “Carinhoso”.
Antes de o caixão ser encaminhado para a cremação, os presentes assistira a um culto ecumênico.
O corpo de Amazonino foi cremado por volta de 14 horas.
Despedida no teatro e nas ruas de Manaus
O corpo de Amazonino Mendes foi velado durante três dias, no Teatro Amazonas, Centro da capital.
A população pôde se despedir do político de quinta-feira (16) até a madrugada de sábado.
Na manhã de sábado, Amazonino foi homenageado com honras militares no Largo São Sebastião, salva de tiros e cortejo fúnebre no carro do Corpo de Bombeiros, pelas ruas de Manaus.
Encerramento do funeral de Amazonino
Soldados da Rocam, da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM) e da Guarda Municipal, além da Banda da PM-AM, participaram da cerimônia de encerramento do funeral.
No hall do Teatro Amazonas, familiares e amigos próximos de Amazonino participaram da última celebração religiosa antes de o caixão deixar o local.
Soldados da Rocam transportaram o caixão para a frente do Teatro Amazonas, por volta de 10h.
Uma salva fúnebre foi realizada no Largo São Sebastião.
A Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), criada por Amazonino, também foi a responsável pela salva de tiros em homenagem ao ex-governador.
Em seguida, o caixão foi transportado para o carro do Corpo de Bombeiros, que percorreu diferentes ruas de Manaus.
Cortejo pelas ruas de Manaus
Antes da chegada ao crematório, a programação definiu que o carro do Corpo de Bombeiros, com o caixão de Amazonino Mendes, percorresse diferentes vias da capital.
O trajeto será feito por locais símbolos de obras e a relação de Amazonino com esses lugares.
- Av. 10 de Julho;
- Av. Getúlio Vargas;
- Av. 7 de setembro (Palácio Rio Negro);
- Av. Castelo Branco;
- Av. Codajas, em frente ao prédio da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), criada por Amazonino;
- Av. Carvalho Leal;
- Av. Marciano Armond;
- Av. Maceió;
- Av. Mário Ypiranga, em frente ao Hospital 28 de Agosto, criado por Amazonino;
- Av. Boulevard Álvaro maia;
- Av. Brasil, em frente ao Palácio do Governo, erguido por Amazonino e onde trabalhou até o final de 2018, quando exerceu o último mandato como governador;
- Av. Coronel Teixeira, passando pela Ponta Negra, local revitalizado, com novas obras, duas vezes por Amazonino;
- Av. do Turismo, via que também foi construída pelo ex-governador.
Mais homenagens para Amazonino na UEA
Por volta de 10h30, estudantes, professores e profissionais formados na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) se posicionaram em frente ao prédio da UEA para mais homenagens a Amazonino Mendes.
Uma faixa com um “Obrigado, Amazonino!” foi estendida acompanhada pela execução de músicas como a toada “Vermelho”.
No local, o carro dos Bombeiros, com o caixão, parou para as homenagens a Amazonino.
O trio de músicos era de ex-estudantes formados na UEA.
Em 2001, como governador, Amazonino Mendes foi responsável pela criação da instituição que proporciona a formação de profissionais na capital e no interior do estado.
O cortejo do carro do Corpo de Bombeiros com o caixão de Amazonino foi bastante aplaudido no momento em que passou em frente à universidade, por volta de 10h45 de sábado.
Amazonino Mendes
O ex-governador Amazonino Mendes (Cidadania foi seu último partido político) morreu aos 83 anos na manhã de domingo do dia 12 de fevereiro, no hospital Sirío Libanês, em São Paulo.
O político viajou à capital paulista ainda no ano anterior para tratar um quadro de pneumonia e diverticulite.
Amazonino era viúvo e deixou três filhos.
Ele estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde o dia 25 de dezembro.
Os problemas de saúde dele vinham se agravando nos últimos anos.
Em novembro, logo após disputar a última eleição, Amazonino Mendes foi internado em São Paulo para tratar uma crise de diverticulite e uma pneumonia.
Ele foi para UTI, melhorou, e depois teve alta hospitalar no dia 6 de dezembro.
No dia 18 de dezembro, após consulta médica em São Paulo, ele foi orientado a permanecer por lá.
Após piora no quadro respiratório, Mendes foi internado novamente no dia 25 de dezembro para tratar quadro de pneumonia.
Desde então, o ex-governador seguiu no hospital e faleceu na manhã deste domingo.
Último ato de Amazonino Mendes na vida pública
O político participou da eleição para o governo do Amazonas em 2022.
Ele terminou o pleito em terceiro lugar e não quis seguir na disputa do segundo turno apoiando outro candidato.
Durante a corrida eleitoral, os adversários atacaram a candidatura do ex-governador informando por diversas vezes sobre seu quadro de saúde.
Em diferentes momentos, foram divulgados vídeos e fotos de situações em que Amazonino tinha dificuldade para se locomover.
O último mandato do político no Amazonas foi entre os anos de 2017 e 2018, quando venceu a eleição suplementar após cassação do governador José Melo.
Em 2018, Mendes disputou reeleição, mas terminou sendo derrotado por Wilson Lima (União), atual governador reeleito.
Vida pessoal e formação acadêmica
Amazonino Mendes nasceu no dia 16 de novembro de 1939.
Ele era filho de Armando de Souza Mendes e Francisca Gomes Mendes.
Mendes se formou em direito pela Universidade Federal do Amazonas.
Foi casado com Tarcila Prado de Negreiros Mendes, que morreu em 2015. Com ela, o político teve três filhos.
Carreira política
Nos anos de 1970 e 1980, Amazonino Mendes atuou no Departamento de Estradas e Rodagem do Amazonas.
Foi esse período que despertou o interesse pelo trabalho na vida pública. Daí em diante, teve início uma das carreiras políticas mais vitoriosas do estado do Amazonas.
Em 1983, ele assumiu a Prefeitura de Manaus indicado no ano anterior por Gilberto Mestrinho, ex-governador que faleceu em 2008.
Em 1986, Mendes chegou ao Palácio Rio Negro após vencer as eleições daquele ano para o governo do Amazonas.
Em 1990, foi eleito Senador da República.
No ano de 1992, ele participou da eleição para prefeito de Manaus e venceu.
Em 1994, Amazonino deixou a prefeitura para participar de nova eleição para o governo do estado. Em 1995, assumiu pela segunda vez o mandato.
Com a aprovação da reeleição no país, ele obteve êxito para mais um mandato em 1998. Ficou no governo até 2001.
No ano de 2004, tentou retornar à prefeitura da capital, mas acabou derrotado Serafim Corrêa.
Dois anos depois, em 2006, tentou novamente eleição para o governo do Amazonas mas foi superado por Eduardo Braga.
Em 2008, tentou novamente administrar a capital e saiu vencedor da eleição. Permaneceu a frente de Manaus até 2012.
O político não disputou reeleição naquele ano. Meses antes do pleito, passou por cirurgia cardíaca em São Paulo.
Amazonino Mendes retornou às disputas eleitorais em 2017, quando saiu vitorioso na eleição suplementar para o governo do estado.
Foi o último mandato do político, que ao longo de quatro décadas escreveu história na política amazonense conquistando vitórias históricas:
- 4 vezes governador do Amazonas – Eleições de 1986, 1994, 1998 e 2017;
- 3 vezes prefeito de Manaus – Eleições de 1983, 1992 e 2008;
- 1 vez Senador da República – Eleição de 1990.
Obras importantes
Ao longo de 40 anos como político no Amazonas, Amazonino foi autor de inúmeras obras e projetos que fazem parte do cotidiano de quem vive no estado. Destaque para:
- Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
- Pronto-Socorro 28 de agosto
- Pronto-Socorro João Lúcio
- Hemoam
- Centrais Samu
- Fundação Cecon
- Hospital Francisca Mendes
- Centros de Atenção Integral às Crianças (CAICs) e à Melhor Idade (CAIMI)
- Centros de Atenção Integral à Melhor Idade (CAIMI)
- Nova Ponta Negra
- Vila Olímpica de Manaus
- Bumbódromo de Parintins
- Delegacias 24h na capital e no interior
- Projeto Leite do Meu Filho na capital
- Carretas da Mulher na capital
- Bolsa Universidade na capital
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