Um “aumento considerável” de possíveis casos da variante XBB da Covid-19 foram a causa para que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitisse uma nota de alerta na sexta-feira (13).

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Em comunicado, a instituição brasileira destaca que a nova cepa tem se disseminado mundialmente, especialmente a linhagem XBB.1.5 (chamada de “Kraken”) nos Estados Unidos, associada a um aumento de hospitalizações pelo coronavírus.

A Rede Genômica Fiocruz identificou um aumento de testes positivos de Covid-19 sem a mutação que caracteriza a linhagem Ômicron BA.5 e suas subvariantes, que era vista em “praticamente 100% dos testes realizados”.

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Mutação diferente de variante da Covid-19

Diferentemente da Ômicron (que tem uma mutação identificável em exames de diagnóstico), a XBB somente pode ser detectada por meio do sequenciamento genético.

As possíveis amostras com linhagens da XBB aumentaram de 5% do total analisado no início de dezembro para 15% na última semana daquele mês.

“Considerando o cenário global da diversidade de variantes do Sars-CoV-2, os pesquisadores concluíram que o aumento de variantes sem essa mutação pode corresponder à linhagem XBB”, destacou a instituição.

A Fiocruz ressaltou, ainda, que dados de sequenciamento genômico detectaram duas amostras com a linhagem XBB.1.5, em São Paulo. “Entretanto, os dados genômicos de dezembro ainda são escassos, destacando a importância de ferramentas de inferência de variantes por PCR para a detecção precoce da mudança do perfil de circulação do vírus”.

Testes PCR

Os testes de PCR analisados no relatório foram feitos por uma rede de laboratórios privada que colabora com a Fiocruz.

O primeiro caso identificado no Brasil, em 5 de janeiro, é de uma mulher de 54 anos, moradora do município de Indaiatuba, interior de São Paulo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu em 4 de janeiro sobre o aumento de casos da XBB.1.5 na Europa e nos Estados Unidos.

“A XBB.1.5, uma recombinação das sublinhagens BA.2, está aumentando na Europa e nos Estados Unidos, foi identificada em mais de 25 países e a OMS está monitorando de perto”, disse à época o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.