A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ouviu, em depoimento secreto na segunda-feira (13), o ex-árbitro Glauber do Amaral Cunha, acusado de pedir propina após interferir em resultado de uma partida de futebol do Campeonato Carioca.

A CPI pedirá também a quebra dos sigilos telefônico e bancário do ex-árbitro. No depoimento, Glauber inicialmente se recursou a falar com os senadores, mas após conversa com seu advogado, informou que o áudio que o incrimina foi feito em um áudio privado de juízes de futebol.

O Senador Jorge Kajuru (PSB/GO) informou que o áudio vazou e posteriormente chegou ao dono da SAF do Botafogo, John Textor, que realizou as denúncias sobre a manipulação de resultados em partidas de futebol através de apostas esportivas.

Com a quebra do sigilo telefônico e bancário, o ex-árbitro será reconvocado para prestar informações adicionais e caso não o faça, terá voz de prisão decretada.

A próxima reunião da CPI será no dia 22 de maio, quando a comissão ouvirá os presidentes de Palmeiras e São Paulo, Leila Pereira e Julio Casares, respectivamente.

Manipulação de resultados

O empresário e dono do Botafogo, John Textor, também foi ouvido pela CPI e relatou que tem provas de manipulação de resultados em partidas do Brasileirão de 2022 e 2023.

À época, Textor informou que as denúncias são baseadas em análises de uma empresa especializada, a “Good Game!”.

A CPI foi instalada no último dia 11 de abril e deve ouve jogadores, dirigentes e empresas de apostas sobre denúncias de manipulação de resultados no futebol.

John Textor durante depoimento na CPI das apostas esportivas - Foto: Roque de Sá/Agência Senado
John Textor durante depoimento na CPI das apostas esportivas – Foto: Roque de Sá/Agência Senado

*Com informações da Agência Senado