Os generais Marco Edson Gonçalves Dias e Augusto Heleno foram convocados para a CPI dos atos antidemocráticos que ocorre na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

Por se tratar de convocação, os ex-chefes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) são obrigados a comparecer.

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

Após aparecer em vídeo no dia dos ataques de 8 de janeiro, o general Gonçalves Dias se demitiu do cargo no dia 19 de abril.

Na gravação, o militar aparece andando pelo Palácio do Planalto, sem qualquer restrição e não orienta os agentes do GSI a atuarem contra os invasores.

À Polícia Federal, ele disse que chegou ao local quando os vândalos tinham rompido o bloqueio militar e invadido o prédio.

RELACIONADAS

+ Lula retorna ao Brasil com comando da GSI e ministro do STF pendente

+ Ricardo Cappelli, ministro interino do GSI, exonera 29 servidores

+ Ato antidemocrático: ‘Golpistas exigiram água’, diz major do GSI

+ GSI divulga imagens da invasão do dia 8 de janeiro em Brasília

+ À PF, ex-chefe do GSI Gonçalves Dias nega omissão nos atos golpistas

O general Augusto Heleno foi chamado pela CPI do DF em meados de março, mas não foi depor.

Devido a não ida do militar à CPI, a comissão decidiu transformar a solicitação em convocação.

Segundo o UOL, o autor do requerimento para ouvir Heleno, o deputado distrital Fábio Felix (PSOL), acredita que o ex-ministro pode ser um incentivador dos atos de 8 de janeiro.

Tanto Dias quanto Heleno foram convocados na condição de testemunha, conforme a CPI dos atos antidemocráticos realizada por deputados distritais da CLDF.

Apuração dos atos antidemocráticos

A CPI da Câmara Legislativa do DF investiga duas ocorrências na capital federal: a invasão à sede da PF em 12 de dezembro de 2022 e a depredação da Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro deste ano.

Uma Comissão Mista de Inquérito (CPMI) sobre 8 de janeiro foi iniciada no Congresso Nacional na quarta (26).

Os trabalhos da CPMI começaram após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ler o requerimento para instaurar a comissão.