A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, retomou as atividades, nesta terça-feira (7), no Senado Federal. Para a sessão de hoje, o ex-engenheiro da mineradora, Paulo Roberto Cabral havia sido convocado, mas não compareceu.

Com a ausência, o colegiado votou pela quebra dos sigilos telefônico, telemático, fiscal e bancário do ex-engenheiro e decidiram pela aprovação.

Na época do desastre, Paulo Roberto prestava serviços de monitoramento da segurança da mina de sal-gema.

Ao comentar sobre a ausência, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-MA) disse que o técnico conseguiu um habeas corpus do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Segundo Aziz, o documento permitia à Paulo Roberto ficar em silêncio diante das perguntas, mas não concedia o direito de faltar à sessão. Durante a sessão, os parlamentares decidiram convocar técnico novamente.

Entretanto, Paulo Roberto deverá comparecer de maneira coercitiva no próximo encontro do colegiado, ou seja, de maneira obrigatória.

“Ele não compareceu e virá na semana que vem sob vara por ter se ausentado da CPI. Então, na semana que vem, o Sr. Paulo Roberto estará aqui, e a gente vai tomar as providências jurídicas e legais para que ele venha depor e falar sobre as questões que interessam à CPI”, disse Omar Aziz.

Ainda nesta terça-feira, a comissão ouviu o depoimento do ex-Diretor do Serviço geológico do Brasil (SGB), Thales de Queiroz Sampaio. Durante a oitiva, Sampaio afirmou que a Braskem se recusou a seguir as normas de segurança exigidas.

Segundo o geólogo, os planos elaborados pelo ex-egenheiro, Paulo Roberto, “por si só não garantiriam a exploração de lavra de forma sustentável, faltou um monitoramento constante”.