Nesta quarta-feira (24), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado Federal, que investiga o desastre em Maceió (AL) provocado pela Braskem, realizou mais uma sessão. Durante a reunião, senadores responsabilizaram também empresas de engenharia contratadas pela mineradora pelo afundamento do solo.

Na oitiva de hoje, a CPI ouviu os responsáveis pelo estudo do solo realizado pela Braskem durante a extração de sal-gema. Em seus depoimentos, os profissionais também se defenderam das acusações.

Quanto ao requerimento da sessão, é de autoria do senador Rogério Carvalho (PT-SE). Para o presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), as empresas de engenharia também devem ser responsabilizadas.

Sobre a resposta do senador, refere-se a uma das sessões anteriores da CPI em que a própria Braskem havia assumido a responsabilidade pela falha.

“Ou a gente toma decisões para acabar com essa molecagem que é dar laudo para obter lavra e depois ter acidentes ambientais, ou esta CPI não vai servir para nada”, disse Aziz.

Além disso, os senadores Omar e Rogério fizeram duras críticas aos dados fornecidos pela Braskem para o embasamento dos estudos da empresas de engenharia.

Durante a oitiva, a CPI ouviu o depoimento do pesquisador contratado, Marcelo Sousa, que afirmou que os dados fornecidos pela Braskem não induziram ele ao erro.

Porém, o senador Rogério criticou o fornecimento de dados pela petroquímica que, segundo ele, transforma a regulação do setor de mineração em uma “autorregulação”.