O PT indicou, para compor CPI do MST, a presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PR) e deputados ligados ao movimento.

A Comissão Parlamentar de Inquérito vai investigar a atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

A indicação foi feita nesta quarta-feira (17) pelo líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara, deputado Zeca Dirceu (PT-PR).

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O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL) leu o requerimento de abertura da comissão no fim de abril.

A abertura da CPI do MST foi motivada por recentes invasões feitas pelo movimento.

Entre janeiro e 23 de abril deste ano, o MST realizou 33 invasões de imóveis rurais pelo Brasil.

A CPI terá 27 titulares e igual número de suplentes.

Outros sete deputados foram indicados por Dirceu: Padre João (MG), Nilson Tattoo (SP), Valmir Assunção (BA), Paulão (AL), João Daniel (SE), Marcon (RS) e Camila Jara (MS).

Os deputados Marcon, João Daniel e Valmir Assunção são ligados ao movimento, mas até o momento, o parlamentar não confirmou quais serão titulares e quais serão os suplentes.

A CPI deverá ser presidida pelo deputado Coronel Zucco (Republicanos-RS) e relatada pelo ex-ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro Ricardo Salles.

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Segundo o líder do PT na Câmara, a comissão deve exibir as “boas práticas” do movimento.

“A CPI vai virar uma vitrine das boas práticas do MST, de como funcionam suas agroindústrias, de como o MST se profissionalizou, se organizou, de como o MST tem também um papel social que ele provou e teve um papel especial durante a pandemia”, afirmou.

CPI do MST

O objetivo da CPI é investigar as invasões de terra pelo MST, bem como os objetivos e a fonte de financiamento.

Na prática, um dos objetivos é apontar o vínculo do movimento com o governo Lula, já que a frente que se mobiliza para a comissão é formada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).