O Tribunal Regional de Berna, na Suíça, divulgou nesta quarta-feira (3), a anulação da sentença que condenou o técnico Cuca por manter relação sexual sem consentimento com uma menina de 13 anos.

O caso aconteceu no hotel Metrópole, na capital suíça, quando o treinador era jogador do Grêmio, em 1987, durante um excursão do time ao país europeu.

 A informação foi publicada inicialmente pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão.

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A defesa de Cuca solicitou à Justiça da Suíça abertura de um novo processo para rever o caso, argumentando que o treinador não contou com um representante legal e foi julgado à revelia.

O pedido de um novo julgamento foi aceito pela juíza Bettina Bochsler em 22 de novembro, mas o Ministério Público alegou não ser possível realizá-lo pelo fato de o crime ter prescrito.

O órgão, então, sugeriu a anulação da pena e o fim do processo. A juíza acatou a decisão do MP no dia 28 de dezembro e a extinção da sentença foi publicada nesta quarta-feira.

Apesar da extinção da sentença, não se trata de uma mudança de veredicto. Isso porque o mérito do caso não foi reavaliado pela Justiça da Suíça.

Cuca é inocente?

Assim, é errado afirmar que Cuca foi inocentado. Com a anulação de sentença e prescrição do processo, não poderá haver novo julgamento.

Foi determinado, ainda, uma indenização de 13 mil francos suíços (cerca de R$ 75 mil) – atualizado para 9,5 mil francos suíços (R$ 54,8 mil) após cumprimento de despesas. Procurados pelo Estadão, os advogados da vítima ainda não se manifestaram.

“Hoje eu entendo que deveria ter tratado desse assunto antes. Estou aliviado com o resultado e convicto de que os últimos oito meses, mesmo tendo sido emocionalmente difíceis, aconteceram no tempo certo e de Deus”, disse Cuca, em nota oficial.

Cuca contratou advogados para tentar um novo julgamento após sua demissão do Corinthians, ocorrida em 27 de abril de 2023.

Apesar da rejeição da torcida, o presidente Duilio Monteiro Alves bancou a contratação. Contudo, a passagem do treinador pelo clube durou apenas seis dias.

Na época, o técnico pediu demissão citando um “massacre” das redes sociais e afirmou que estava atendendo um pedido da família.

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