A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a apreensão do passaporte pela Polícia Federal (PF) foi desnecessária.
Em nota, os advogados do ex-presidente afirmaram que Bolsonaro não compactuou com o golpe.
“O ex-presidente jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam”.
O passaporte de Bolsonaro foi apreendido pela Polícia Federal, durante a Operação Tempus Veritatis deflagrada nesta quinta-feira (8). Segundo o advogado de defesa, Fábio Wajngarten, o documento foi entregue voluntariamente às autoridades em Brasília.
A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, e para a equipe de Bolsonaro, o ex-presidente vem sendo alvo, de várias ações com “narrativas distorcidas de elementos” que amparam as suspeitas.
Leia comunicado na íntegra:
“A defesa do ex-Presidente Jair Bolsonaro, diante das medidas cautelares deflagradas nesta data, e que contemplaram, inclusive, a custódia preventiva de apoiadores próximos, vem manifestar sua indignação e inconformismo. O ex-presidente jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam. A despeito disso, desde março vem sendo alvo de repetidos procedimentos, que insistem em uma narrativa divorciada de quaisquer elementos que amparassem as graves suspeitas que repetidamente lhe vem sendo impingidas. A despeito de sua absoluta voluntariedade e disponibilidade em comparecer a todos as convocações feitas por determinação do Supremo Tribunal Federal, foi-lhe determinada a apresentação de seu passaporte, impedindo-lhe, portanto, de realizar quaisquer viagens internacionais. A medida se mostra absolutamente desnecessária e afastada dos requisitos legais e fáticos que visam garantir a ordem pública e o regular andamento da investigação, os quais sempre foram respeitados.”
Minuta do “golpe”
Vídeo divulgado em seu perfil no “X”, o advogado Paulo Cunha Bueno alega que o documento encontrado pela Polícia Federal no gabinete de Bolsonaro na sede do Partido Liberal não liga o ex-presidente a um golpe de estado.
Segundo ele a minuta estava no celular do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. “ O documento apreendido na data de hoje [quinta-feira (8)] é exatamente aquele encaminhado por mim na condição de seu advogado”.