A defesa da deputada Carla Zambelli (PL-SP) afirmou que ela só irá falar com a Polícia Federal (PF) na segunda-feira (7) “se tiver acesso aos autos do inquérito”.

Ela é acusada de pagar um hacker para invadir as contas do ministro Alexandre de Moraes e do Conselho Nacional de Justiça para emissão de informações falsas, como mandados de prisão e de soltura.

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O advogado Daniel Bialski, representando a deputada, afirmou que se os autos não chegarem às mãos dele até o fim desta sexta-feira (4), irá orientar a deputada a permanecer em silêncio. 

O depoimento dela está marcado para segunda-feira (7), às 14h, na sede da PF.

“Se a defesa não tiver vista do caso, chegaremos lá e avisarei que, por minha orientação, ainda que ela queira prestar as informações, ela não vai falar. Pedirei a remarcação da oitiva até a liberação dos dados”, diz Bialski.

Alvo de operação da PF nesta semana, Zambelli vive um momento de solidão na política, com pouca gente disposta a sair em sua defesa.

O hacker Walter Delgatti Neto disse à PF que ela encomendou uma tentativa de invasão das urnas, e que, não podendo, por óbvio, entregar o serviço, ele invadiu o sistema do Conselho Nacional de Justiça.

Ainda segundo ele disse à PF, ao saber da invasão do CNJ, a deputada teria redigido um mandado de prisão falso em nome do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Zambelli, no entanto, nega as acusações.

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