Após divulgação do déficit de R$ 230,5 bilhões, divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o déficit é resultado das despesas que não foram pagas no governo anterior.

“Dos R$ 230 bilhões, praticamente a metade é pagamento de dívida do governo anterior que poderia ser prorrogada pra 2027 e nós achamos que não era justo quem quer que fosse o presidente”, disse Haddad sobre o déficit.

Segundo o ministro, o “calote” é referente as dívidas do governo em precatórios “quanto nos governadores, em relação ao ICMS de combustíveis”. O pagamento dos precatórios foi feito após acordo com Tribunal Federal (STF).

No ano passado, o governo determinou compensar a perda de arrecadação de estados, Distrito Federal e municípios com a isenção de impostos determinada no ano passada pelo governo Bolsonaro.

“Esse resultado é expressão de uma decisão que o governo tomou de pagar o calote que foi dado tanto em precatórios quanto nos governadores, em relação ao ICMS de combustíveis”, disse.

Déficit

O governo fechou o ano de 2023 com déficit primário registrado de R$ 230,5 bilhões, o valor representa o segundo pior da história.

O valor registrado em 2023 é melhor apenas do que o de 2020, quando o rombo nos cofres públicos foi de 940 bilhões de reais, no inicio da pandemia da Covid-19.

O valor ficou acima do que era esperado no Orçamento de 2023, quando o déficit previsto era de R$ 228,1 bilhões.