Ex-deputado federal Deltan Dallagnol questionou nesta segunda-feira (24) a postura do Ministério da Justiça e Segurança Pública em relação à delação premiada do ex-policial militar Élcio Queiroz, na investigação do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.
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Em seu perfil no Twitter, o ex-procurador da Lava Jato queria entender se o que mudou foi a lei ou a “Capa dos autos”.
“Delação agora é prova? Até ontem, o PGR tava desdenunciando e o STF tava desrecebendo denúncias adoidado contra corruptos sob o fundamento de que apenas a delação não é suficiente. Alguma lei deve ter mudado… Ou o que mudou foi a capa dos autos?”, disse o Deltan.
Em outro tweet, o ex-deputado compartilhou um artigo do secretário nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, publicado outubro de 2014 na Folha de S. Paulo.
Na publicação, o gestor da época defendia o fim da delação premiada, conforme apuração do Antagonista.
“A delação, ao contrário do que certo ‘advogados’ propagandeiam, não tem sido uma opção voluntária do acusado”, começa texto.
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De acordo com a declaração do ministro da Justiça, Flávio Dino, o ex-PM Élcio de Queiroz afirmou, em delação premiada, que Ronnie Lessa foi o autor dos disparos que mataram a ex-vereadora do Rio de Janeiro e seu motorista.
Segundo o Ministério Público, o depoimento de Queiroz foi a base para a prisão do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel.