Delegado Cícero Túlio, titular do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), afirma que as investigações em torno da família de Djidja começaram antes da morte. A declaração aconteceu nesta sexta-feira (31), durante coletiva de imprensa, onde destacou que a apuração já acontece há aproximadamente 40 dias.
Segundo o delegado, as investigações iniciaram no momento em que tiveram conhecimento de uma suposta seita, criada pela família de Djidja, que usava Ketamina. Além de Cleusimar (mãe), Ademar (irmão) e funcionários do empreendimento da família, a ex-Sinhazinha também estava entre os nomes envolvidos na investigação.
Conforme a autoridade, a suposta seita praticava “rituais” e induzia os funcionários do salão ao uso do medicamento, a fim de que aderissem ao grupo. Os integrantes da “seita” relatavam que o uso da Ketamina os ajudava a “transcender a uma outra dimensão”.
O mandado de prisão preventiva, cumprido na quarta-feira (30), descreve crimes de “estupro”, “associação para o tráfico de drogas” e “venda de drogas”. Além disso, o delegado responsável pelo caso citou na coletiva caso de cárcere privado e possível aborto a partir de altas doses de Ketamina; entenda.
O que foi encontrado no salão?
Durante as diligências, as autoridades coletaram “centenas de seringas”, incluindo algumas já preparadas para uso, no estabelecimento comercial da família. Dentro do estabelecimento, o delegado relatou um cheiro muito forte.
“No momento em que entramos na residência, o cheiro de podridão era muito forte,” afirmou o delegado, descrevendo a situação de cárcere privado. Segundo o delegado, as vítimas ficavam despidas, sob efeitos de drogas e sem tomar banho há dias.
Morte de investigações Djidja
Familiares de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, a encontraram morta na última terça-feira (28), dentro da própria casa. A polícia iniciou as investigações para esclarecer as circunstâncias do óbito, que ainda são nebulosas.
Até o momento, a principal linha de investigação aponta para um possível envolvimento de drogas. Nesta última quinta-feira (30), a família de Djidja recebeu uma ordem de prisão preventiva, o que adiciona uma nova camada ao caso e às investigações em andamento.
O laudo médico, realizado pelo Instituto Médico Legal (IML), detalha como ocorreu o falecimento da ex-Sinhazinha; veja mais aqui. A polícia trabalha para determinar se houve participação de terceiros e se há influência de substâncias químicas em sua morte.