Com a explosão de casos de dengue no Distrito Federal (DF), o aumento na busca por repelente tem deixado o produto em falta nas prateleiras nos últimos dias.

Além dos cuidados e recomendações dos Órgão de Saúde, para não deixar a água parada e manter os ambientes livres de entulhos, especialistas recomendam o uso de repelentes. No entanto o produto, além de escasso, está ainda mais caro.

De acordo com consumidores, o produto está sendo vendido com valor bem acima do preço que era cobrado antes do surto da doença.

Os funcionários das farmácias do Plano Piloto, área central da capital, confirmam que o produto encareceu cerca de 40% nos primeiros meses de 2024.

“Depois que essa epidemia começou, o produto ficou escasso. Ninguém encontra. Boa parte dos clientes está comprando mais do que uma unidade”, diz um funcionário de uma farmácia.

Paralelo a isso, o Projeto Terraterapia da Unidade Básica de Saúde (UBS), de uma das regiões administrativas do DF, em Águas Claras, promove a participação dos pacientes na produção e distribuição de difusores repelentes do mosquito transmissor da dengue.

O projeto inclui uma horta, com plantações de hortaliças e fitoterápicos, que são distribuídos entre os integrantes do grupo. Um dos plantios realizados na unidade da saúde é o de capim citronela, que resulta na produção de difusores e aromatizadores de ar que atuam como repelentes naturais do mosquito Aedes aegypti.

“Nós realizamos a fabricação desses repelentes com a nossa equipe, composta por farmacêuticos, nutricionistas e assistente social. É um repelente natural de insetos e, desta maneira, é seguro, inclusive, para as gestantes”, diz a gerente da UBS, Joanna Lima Costa.