Delegados ligados à investigação das joias e presentes oficiais negociados ilegalmente por aliados de Jair Bolsonaro dizem que há um “efeito prático” no depoimento do ex-ajudante de ordens Osmar Crivelatti, colhido nesta quinta-feira (31).

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

Os investigadores não detalharam o conteúdo do depoimento, que ainda está sob sigilo, mas afirmam que as falas de Crivelatti “reforçam”, “fortalecem” e “aumentam a credibilidade” do que já foi dito, em mais de 20 horas em três dias, pelo ex-braço-direito de Bolsonaro, Mauro Barbosa Cid.

Ainda segundo essas fontes, ouvidas pela colunista Camila Bomfim, o depoimento de Osmar Crivelatti esta de acordo com as falas de Mauro Cid e favorece a corrida pela delação.

Essa “corroboração” é ponto positivo na corrida de Mauro Cid pela delação premiada.

No final do depoimento que ocorreu nesta quinta, a defesa de Crivelatti afirmou, que o militar “prestou os esclarecimentos necessários e se colocou à disposição dos órgãos de investigação para a elucidação dos fatos apurados”.

Perguntados, os investigadores afirmaram que Crivelatti não é delator.

Nas palavras de um delegado, o ex-ajudante de ordens prestou apenas um “depoimento, por enquanto”, mas segundo outro delegado, Crivelatti deu declarações e respondeu a perguntas, “mas não é necessariamente uma colaboração”.

RELACIONADAS

+ Wassef presta depoimento à PF e evita falar sobre armas e Rolex

+ PF intima Bolsonaro e mais 7 para depoimentos conjuntos

+ Depoimento de Cid pode incriminar militares bolsonaristas