A deputada estadual Débora Menezes (PL-AM) quer dar o título de cidadã do Amazonas para Ana Marita Terranova, esposa do pastor bolsonarista Renê Terranova.

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No Projeto de Lei Ordinária nº 802/2023, a parlamentar diz que o “valor e o desempenho dessa mulher de Deus ao Amazonas vai além de seus títulos”.

Ana Marita Terranova e seu esposo formaram, em Manaus, o Ministério Internacional da Restauração (MIR).

“Como pessoa, sempre disposta a estender a mão aos mais necessitados, criou e lidera o Serviço Social do MIR”, diz a justificativa para a honraria.

Igreja e política

Em 2022, a igreja de Ana Marita foi palco para um movimento político para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O intuito era que Bolsonaro se promovesse junto ao público religioso que participava de um culto no dia.

Todo o cenário foi liderado pelo esposo de Ana, Renê Terranova, e pelo candidato, agora expulso do Partido Liberal, Coronel Menezes, pai de Débora Menezes.

Eles eram considerados “braços direitos” do ex-presidente no Amazonas.

Durante a vídeochamada com os fiéis, Bolsonaro disse que sua reeleição era uma “briga entre bem e o mal”.

“Meu presidente, é uma honra falar ao vivo com o nosso líder da nação brasileira”, disse Renê na época.

Em publicação nas redes sociais, Ana Marita mostra que recebeu Bolsonaro em sua casa e diz que “ele continuará fazendo coisas extraordinárias que homens comuns não entendem”.

Na foto, é possível identificar Débora Menezes e seu pai, Coronel Menezes – Foto: Reprodução/ Instagram @anamaritaterranova

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Controvérsias

Em agosto do mesmo ano, um vídeo que circulava pelas redes mostrava o pastor Renê convocando os fiéis para a “convenção do governo dos justos”.

Na época, religiosos da igreja que não concordavam com essas atitudes do pastor, alegaram que ele usava a expressão “governo dos justos” nos cultos.

O tal governo envolvia candidatos como Bolsonaro, Coronel Menezes e Marcel Alexandre (Avante).

Renê, esposo de Ana Marita, relacionava Bolsonaro a Deus, e quem estava contra, ao diabo.