Por viver perseguição política, o deputado estadual Jorge Everton (União) protocolou na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), no dia 30 de abril, uma representação contra o governador Antonio Denarium (PP).

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Conforme o parlamentar, a perseguição ocorrer porque ele se recusa a deixar a disputa pelo cargo de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE-RR).

Início da perseguição

Em sessão na ALE-RR nesta terça-feira (2), o deputado contou que o governador o chamou para uma reunião no dia 20 de abril, data que Jorge Everton efetuou sua inscrição.

Na ocasião, conforme o deputado, o governador pediu que ele retirasse a candidatura e apoiasse a primeira-dama, Simone Denarium, que se inscreveu para concorrer ao cargo de Conselheira no dia 28 de abril.

O deputado afirma que, após dar resposta negativa ao governador, Denarium iniciou a perseguição e exonerou servidores com cargos comissionados que apoiaram a candidatura de Jorge Everton nas Eleições 2022.

Policiais da Sesp filmavam deputado em evento promovido por ele em Rorainópolis – Foto: Jorge Everton/Ascom

“Essa eleição da primeira-dama é imoral e ilegítima. É imoral porque fere o princípio da moralidade pública porque, já é de entendimento do STF, que nomear esposa, um ato de assinatura dele, incorre o crime de nepotismo. É imoral porque a utilização da máquina pública da forma que ele está fazendo não pode ser feita em hipótese alguma, como exonerar os servidores para me pressionar”, detalhou.

Além disso, o deputado relatou que policiais da inteligência da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) estiveram presentes em um campeonato de futebol organizado por ele em Rorainópolis, região Sul do estado, e filmavam todas às vezes que ele se pronunciava durante o evento.

“Essa não é uma atitude democrática. É uma atitude covarde, de utilizar a máquina pública para intimidar o trabalho parlamentar. É inaceitável. Eles estavam infiltrados e bebendo álcool no meio do povo, mas nós os reconhecemos”, acrescentou.

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No documento sobre a perseguição, o deputado reforçou que os fatos não podem passar despercebidos e sem a devida apuração, visto que tais ações configuram um atentado ao livre exercício e das prerrogativas constitucionais ao mandato parlamentar.

“Lembramos que tais atos, em tese, configuram no mínimo improbidade administrativa, abuso de autoridade, sem prejuízo de apuração de outros ilícitos”, diz trecho.

No início da tarde desta terça, a mesa diretora da ALE-RR fez um requerimento de convocação do secretário, do secretário-adjunto e do diretor de Inteligência da secretaria mencionada para esclarecer os fatos.

O Portal Norte aguarda nota da Secretaria de Estado de Comunicação de Roraima sobre o assunto.