O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou relatório, nesta sexta-feira (31), que mostra que a taxa de desemprego no trimestre de dezembro de 2022 a fevereiro de 2023, é de 8,6%.

A taxa apresentou aumento de 0,5 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de setembro a novembro de 2022 (8,1%) e recuou 2,6 p.p. ante o mesmo período do ano anterior (11,2%).

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A população desocupada, cerca de 9,2 milhões de pessoas, cresceu 5,5%, o que representa mais 483 mil pessoas frente ao trimestre anterior e recuou 23,2%, menos 2,8 milhões de pessoas desocupadas na comparação anual.

Enquanto isso, o número de pessoas ocupadas (98,1 milhões) recuou 1,6% (menos 1,6 milhão de pessoas) perante o trimestre anterior e cresceu 3,0% (mais 2,9 milhões) ante o mesmo trimestre do ano anterior.

Entre as posições na ocupação, em relação ao trimestre anterior, houve aumento nas seguintes categorias: Trabalhador doméstico (2,6%, ou mais R$ 28) e Empregado no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (2,0%, ou mais R$ 84). As demais categorias não apresentaram variação significativa.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

O documento mostra indicadores mensais produzidos com informações do trimestre encerrado em fevereiro de 2023.

“No trimestre encerrado em fevereiro, esse aumento da desocupação ocorreu após seis trimestres de quedas significativas seguidas, que foram muito influenciadas pela recuperação do trabalho no pós-pandemia. Voltar a ter crescimento da desocupação nesse período pode sinalizar o retorno à sazonalidade característica do mercado de trabalho.”, explica a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

Desemprego sobre em 8,6% segundo dados do IBGE - Foto: Reprodução/Twitter @ibgecomunica
Desemprego sobre em 8,6% segundo dados do IBGE – Foto: Reprodução/Twitter @ibgecomunica

Desemprego

A taxa de subutilização, termo utilizado para se referir ao desemprego ou pessoas que trabalham menos do que poderia ou não procurou emprego mesmo estando disponível para trabalhar.

Quanto à subutilização, a taxa permaneceu estável em 18,8% em relação ao trimestre de setembro a novembro de 2022 (18,9%) e caiu 4,7 p.p. ante o trimestre encerrado em fevereiro de 2022 (23,5%). 

A população subutilizada, de cerca de 21,6 milhões de pessoas, também permaneceu estável frente ao trimestre anterior (21,9 milhões) e recuou 20,7% (menos 5,7 milhões) na comparação anual.

Já a população fora da força de trabalho, de 66,8 milhões de pessoas, cresceu 2,3% ante o trimestre anterior (mais 1,5 milhão) e 2,2% (mais 1,5 milhão) na comparação anual.

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Mercado de Trabalho

A população de pessoas ocupadas é de 98,1 milhões, o que representa um recuo de 1,6% (menos 1,6 milhão de pessoas) ante o trimestre anterior e cresceu 3,0% (mais 2,9 milhões) ante o mesmo trimestre do ano anterior. 

O número de pessoas com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 36,8 milhões, o que representa uma estabilidade em relação ao trimestre anterior e crescendo 6,4% (mais 2,2 milhões de pessoas) na comparação anual.

O número de empregados sem carteira assinada no setor privado caiu para 13,0 milhões de pessoas, o que representa queda de 2,6% (menos 349 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e cresceu 5,5% (678 mil pessoas) no ano.

A taxa de informalidade foi de 38,9% da população ocupada , ou seja,38,2 milhões de trabalhadores informais, contra 38,9% no trimestre anterior e 40,2% no mesmo trimestre do ano anterior.

Em relação ao número de empregadores (4,1 milhões de pessoas) houve queda de 4,8% (menos 206 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e ficou estável na comparação anual.

Por fim, frente ao trimestre móvel anterior não houve aumento no contingente de ocupados de nenhum dos grupamentos de atividades investigados pela pesquisa.

Além disso, na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve aumento em todas as posições:

Empregado com carteira de trabalho assinada (5,0%, ou mais R$ 129), Empregado sem carteira de trabalho assinada (11,7%, ou mais R$ 201), Trabalhador doméstico (5,5%, ou mais R$ 57), Empregado no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (5,7%, ou mais R$ 235), Empregador (10,1%, ou mais R$ 642) e Conta-própria (10,0%, ou mais R$ 209).

10 anos de PNAD

Em suas redes sociais, o IBGE celebrou 10 anos de PNAD Contínua, pesquisa que traz dados relevantes sobre diversos indicadores sociais.

**Sob supervisão de Ana Kelly Franco