O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou, no domingo (21), que não buscará a reeleição, e expressou apoio para que a vice-presidente Kamala Harris se torne a indicada do Partido Democrata para as eleições de 2024.

O anúncio da desistência, a pouco mais de 100 dias da votação marcada para 5 de novembro, levanta diversas questões sobre o futuro de sua presidência e a corrida presidencial.

A decisão de não concorrer novamente é unicamente relacionada à candidatura de Biden. Ele continuará a exercer as funções presidenciais até o fim do mandato, que se encerra em 20 de janeiro de 2025. Em declaração, Biden mencionou:

“Embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre exclusivamente em cumprir meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato.”

Apoio à Kamala Harris

Apesar da decisão, figuras importantes do Partido Republicano, como o presidente da Câmara dos EUA, Mike Johnson, e a presidente da conferência republicana da Câmara, Elise Stefanik, exigem a renúncia imediata de Biden.

No entanto, não há indícios de que Biden considere deixar o cargo antes do término do seu mandato.

Kamala Harris, ao receber o apoio de Biden, expressou estar “honrada” e manifestou a intenção de buscar a nomeação do partido Democrata.

Diversos democratas, como a senadora Elizabeth Warren, a deputada Pramila Jayapal e o senador Chris Coons, rapidamente apoiaram Harris. No entanto, o processo de seleção do candidato democrata ainda passará pela Convenção Democrata em Chicago, onde os delegados terão a palavra final.

O nome de outros congressistas democratas também tem sido cogitado como potenciais candidatos, embora a maioria ainda não tenha manifestado interesse oficial.

No entanto, o senador Joe Manchin, da Virgínia Ocidental, indicado como independente, está considerando retornar ao Partido Democrata e se candidatar.

Quanto ao dinheiro arrecadado para a reeleição de Biden, cerca de US$ 240 milhões foram acumulados até o final de junho.

Especialistas afirmam que, caso Harris se torne a candidata, esses fundos provavelmente serão transferidos para sua campanha, devido à sua posição atual na chapa.

No entanto, advogados republicanos contestam essa transferência, sugerindo que ambos, Biden e Harris, devem ser formalmente indicados pelo partido antes que os recursos possam ser redistribuídos.

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