Alertas de desmatamento na Amazônia Legal atingem a quarta menor marca, desde 2015, em relação aos meses de janeiro.

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A informação foi divulgada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) na sexta-feira (10).

De acordo com o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) foram desmatados 167 km² da Amazônia Legal durante janeiro de 2023.

Os estados que compõe a Amazônia Legal são os seguintes: Amazonas, Pará, Acre, Amapá, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.

A queda foi referente a 61%, em relação a janeiro de 2022.

Desgaste da Amazônia

Investigação foi baseada nos relatórios do Painel Científico para a Amazônia - Foto: Divulgação/FAS
Investigação foi baseada nos relatórios do Painel Científico para a Amazônia – Foto: Divulgação/FAS

No dia 26 de janeiro a revista Science publicou uma investigação baseada nos relatórios do Painel Científico para a Amazônia.

Avaliando o ano de 2022, pesquisadores indicaram alguns fatores que degradam a Amazônia, entre esses, o desmatamento ilegal.

De acordo com os pesquisadores, o desgaste do bioma amazônico pode se tornar irreversível.

No estudo, os autores reforçaram que, independente da redução, esses fatores de desgaste continuarão sendo a principal razão emissão de carbono na atmosfera.

Além disso, em uma projeção para os próximos 28 anos, a redução não evitará ou reverterá o quadro de desgaste do bioma.

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Recordes em 2022

Área do desmatamento equivale a duas vezes o tamanho do Distrito Federal - Foto: Arquivo/Agência Brasil
Área do desmatamento equivale a duas vezes o tamanho do Distrito Federal – Foto: Arquivo/Agência Brasil

Em janeiro de 2022, o Deter detectou 430,44 km² de área sob alerta de desmatamento.

Em segundo lugar está o ano 2020, que acumulou 284 km² de área.

De acordo com o site O eco, o estado do Amazonas teve o maior número de alertas, acumulando 64,29 km² registrados.

O recorde não foi motivado por apenas questões naturais, como a seca.

Segundo Cristiane Mazzetti, Gestora Ambiental do Greenpeace Brasil, os resultados foram provenientes de “política antiambiental aplicada por quase quatro anos”.