As alergias atingem cerca de 35% da população mundial. Elas são definidas como uma resposta exagerada do sistema imunológico a substâncias diversas que entram em contato com o organismo.
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Os sintomas podem variar de simples espirros, coriza e coceira a outros mais graves, como vômitos, taquicardia e dificuldades para respirar, dependendo da substância e do grau de exposição.
Para promover informações sobre prevenção, diagnóstico e tratamento dessas reações que a Organização Mundial de Saúde (OMS) criou o Dia Mundial da Alergia, celebrado em 8 de julho.
Alergia mais comum
Conforme especialistas, os alérgenos (substâncias causadoras das alergias) podem entrar em contato com o corpo pelas vias respiratórias, cutâneas e até mesmo por ingestão.
Entre os mais comuns estão os ácaros (presentes na poeira), fungos, pelos de animais domésticos, alguns alimentos, plantas e certos tipos de medicamentos.
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Medicamentos
Conforme a Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), cerca de 16 milhões de pessoas no país são alérgicas a algum tipo de medicamento.
Quase qualquer remédio é passível de provocar reações adversas.
Os mais comuns são:
– analgésicos – como aspirina e dipirona;
– anti-inflamatórios – como paracetamol e diclofenaco;
– antibióticos, dentre eles, penicilina e azitromicina.
Há também casos de alergia a contrastes radiológicos, como o iodado utilizado em tomografias; e quimioterápicos, de tratamentos contra câncer.
Sintomas
A farmacêutica Maria Eliza Pinheiro, supervisora da rede Santo Remédio, destaca os sintomas mais frequentes.
“É muito comum que olhos comecem a lacrimejar, fiquem vermelhos ou inchados, que haja febre maior que 38 °C, vermelhidão no corpo, coceira e nariz escorrendo. Alguns casos específicos também podem registrar a presença de erupções cutâneas, inchaços no corpo e até anafilaxia ou choque anafilático, uma reação alérgica mais grave”, destaca.
A farmacêutica destaca ainda os cuidados básicos a serem seguidos ao iniciar o uso de um novo medicamento.
“Ter aconselhamento médico ou de um profissional de saúde, tomar a dose correta, manter os horários certos, tomar o medicamento com água ou com o que for solicitado e ficar atento a qualquer sintoma adverso”, orienta.
Riscos da automedicação
Outra orientação importante é não fazer uso de medicamentos por conta própria, já que pode ser difícil saber quais reações são comuns e quais podem ser uma sinalização de alergia ou de mau uso do remédio.
Conforme a Pesquisa de Automedicação (2022), a grande maioria dos brasileiros (89%) se automedica.
O fármaco mais utilizado por conta própria é o analgésico, justamente o campeão de reações alérgicas.
Diagnóstico e tratamento
Em caso de suspeita para alergia a medicamentos, após controlar a crise, é importante buscar atendimento profissional para investigar o que causou a reação adversa.
A principal maneira de prevenção a quadros alérgicos é evitar medicamentos para os quais você já tem um diagnóstico de alergia.
Em caso de reações adversas acidentais ou por desconhecimento da alergia, é comum serem utilizados anti-histamínicos (orais ou injetáveis).
Em casos graves, como choque anafilático, a injeção de adrenalina também pode ser empregada.