O Esporte é destacado no Dia da Educação, comemorado nesta sexta-feira (28), tido como uma oportunidade para incentivar e conscientizar a população sobre a importância da área.
Vários projetos escolares têm mudado a vida dos alunos e de profissionais da educação no Amazonas.
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Os projetos esportivos desenvolvidos nas escolas da rede estadual de ensino destacam-se como um dos principais instrumentos de mudança e valorização da educação.
E a rede estadual de ensino do Amazonas conta com inúmeras iniciativas educacionais inspiradoras e com histórias de transformação.
Foi através dessas iniciativas, desenvolvida no Centro de Educação de Tempo Integral (Ceti) Sérgio Alfredo Pessoa, que o aluno Gustavo Cruz, de 14 anos, conheceu o badminton quando tinha 6 anos.
“O esporte entrou na minha vida dentro da escola e é assim até hoje. Treino aqui no Ceti. Comecei como brincadeira, me apaixonei pelo esporte e hoje só tenho a agradecer. O badminton já me possibilitou viajar para várias cidades do país e, também, a disputar campeonatos internacionais. Hoje, o meu grande sonho é me tornar um atleta olímpico”, compartilhou o atleta.
O aluno Gustavo é o atual campeão da categoria sub-15 nos Jogos Escolares Brasileiros (JEB’s).
Além de ser figura carimbada em campeonatos internacionais, como o Pan-Americano de Badminton Júnior, realizado em 2018, na Bahia.
Com mais de 40 medalhas conquistadas durante os últimos anos. O sonho do atleta é participar de uma Olimpíada representando o Brasil.
“O esporte também é educação, pois ensina virtudes indispensáveis na vida dos alunos. O Gustavo é um menino de ouro, extremamente dedicado e que tem um futuro incrível como atleta”, contou Nilma Menezes, professora de Educação Física e idealizadora do projeto que captou o atleta, em 2016.
Atualmente, Gustavo é treinado pelo competidor Lucas Felipe, de 23 anos, que também é fruto da iniciativa de Nilma.
EJA: instrumento de mudança
O trabalho realizado na Educação de Jovens e Adultos (EJA), que, em 2022, alcançou mais de 49,7 mil estudantes da rede estadual, mostra que nunca é tarde para retomar os estudos e que o poder de transformação da educação vale para todos.
Assim, este ano, a jovem Carolane Duque, de 30 anos, realizou o sonho de ser aprovada em uma universidade pública, dez anos após abandonar os estudos.
Aprovada na Universidade Estadual do Amazonas (UEA), no curso de Engenharia Florestal, a aluna, natural de Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus).
Contou que largou os estudos para dedicar-se às duas filhas e, atualmente, busca ser exemplo de determinação para a família.
“Tenho duas meninas. Nós, que somos pais, somos o espelho, por isso decidi mostrar a elas que, mesmo com as dificuldades, podemos alcançar os nossos objetivos”, contou Carolane.
Para a, agora, universitária, conseguir superar as dificuldades e conquistar a aprovação na universidade foram os seus maiores prêmios.
“Receber o seu certificado do Ensino Médio não tem preço, entrar para uma universidade é uma grande felicidade, por isso o que eu posso dizer é: não desista dos seus sonhos, não importa a idade que você estará concluindo o Ensino Médio, apenas continue”, finalizou a jovem.
Luz na Educação
No município de Barreirinha, a 331 km de Manaus, uma iniciativa que promove a inclusão de alunos ribeirinhos, quilombolas e indígenas da etnia Sateré-Mawé ganhou destaque nacional esta semana.
O professor de Geografia, Rosenilson Gama, foi um dos grandes vencedores do “Prêmio LED – Luz na Educação”, organizado pela Rede Globo e a Fundação Roberto Marinho.
O reconhecimento nacional, só corrobora com a dedicação, comprometimento e iniciativa dos educadores que atuam na linha de frente nas escolas.
Implantado na Escola Estadual (EE) Professora Maria Belém, em Barreirinha, o projeto “Prática de Campo: Sonhos e Possibilidades” desenvolve ações que auxiliam na socialização dos estudantes.
De acordo com o professor Rosenilson, com as gincanas ambientais, visitas técnicas nas florestas, trilhas ecológicas e a realização de rituais culturais, os alunos da unidade de ensino obtiveram uma melhoria considerável no desempenho escolar.
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“Realizamos inúmeras visitas às comunidades ribeirinhas, quilombolas e áreas indígenas. Ao final das práticas de campo, percebemos que os alunos começaram a interagir mais, socializar mais, afinal, esse é o lugar que eles possuem mais afinidade e familiaridade. Trouxemos a realidade dos estudantes para as nossas atividades escolares”, destacou o professor.
Na quarta-feira (26), o projeto de Rosenilson recebeu destaque nacional ao ser apresentado no programa “Especial LED”, exibido no horário nobre da tevê aberta.
Com a vitória, o projeto recebeu uma premiação de R$ 200 mil, após concorrer com mais de 2 mil projetos inscritos.