O Brasil celebra nesta segunda-feira (15) o “Dia do Homem”, em prol da conscientização sobre a saúde masculina e a igualdade de gênero. A data foca, principalmente, na baixa procura por serviços de saúde, em comparação às mulheres.

Apesar do Brasil celebrar o “Dia do Homem” em 15 de julho, alguns outros lugares no mundo celebram a data em 19 de novembro. Internacionalmente, a data aborda temas mais amplos, desde modelos positivos de masculinidade à saúde.

Ambos os dias, no entanto, compartilham a missão de melhorar a qualidade de vida dos homens e promover uma sociedade mais igualitária. Até então, dados ainda revelam que a expectativa de vida dos homens segue declinando.

Em 2022, a expectativa de vida ao nascer para os homens era de 72 anos, enquanto a das mulheres era de 79 anos. Ambas previsões revelam uma queda, uma vez que, em 2021, a expectativa para os homens estava entre 73,6 anos e mulheres em 80,5 anos.

Os cálculos são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Possíveis razões

A saúde masculina no Brasil enfrenta seus desafios, refletidos em estatísticas. Confira alguns dados:

Câncer de Próstata:

  • O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens no Brasil. Estima-se que, somente no Brasil, a doença seja responsável por 72 mil novos casos por ano, segundo dados do IX Simpósio Internacional de Uro-Oncologia.
  • A taxa de mortalidade por câncer de próstata é alta, em parte devido ao diagnóstico tardio. Muitos homens não realizam exames preventivos regularmente.

Acidentes e Violência:

  • Os homens têm uma maior incidência de mortes por causas externas, como acidentes de trânsito e homicídios. Entre 2008 e 2018, 91,8% das vítimas de homicídio no Brasil eram homens, segundo o Atlas da Violência de 2020.
  • Comportamentos de risco, como o consumo excessivo de álcool e a direção perigosa, são mais comuns entre os homens e contribuem para essas estatísticas.

Prevenção e Cuidados de Saúde:

  • Muitos homens evitam buscar atendimento médico regularmente. Apenas 69% dos homens têm o hábito de ir ao médico regularmente, comparado a 82% das mulheres, segundo levantamento do Programa Nacional de Saúde de 2019.
  • A falta de consultas regulares leva ao diagnóstico tardio de várias condições, complicando o tratamento e reduzindo as chances de cura.

Origem do Dia dos Homens

O Dia do Homem no Brasil foi criado pelo ex-vereador de Porto Alegre, Marcos Cunha, em 1992. Ele estabeleceu a data para incentivar os homens a cuidarem melhor da saúde e a procurarem atendimento médico regularmente.

No exterior, o médico Jerome Teelucksingh de Trinidad e Tobago propôs à ONU a criação do Dia Internacional do Homem, focado na saúde masculina, escolhido para 19 de novembro.

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