Em 28 de junho, é celebrado o Dia Internacional do Orgulho da Comunidade LGBTQIA+ ou simplesmente Dia do Orgulho Gay.

A comemoração iniciou após diversas manifestações e movimentos de extrema importância no ano de 1969 nos EUA, em decorrência de protestos que aconteceram nas redondezas do bar Stonewall (ponto de encontro frequente para o público LGBT).

– Envie esta notícia no seu WhatsApp

– Envie esta notícia no seu Telegram

Várias organizações de direitos homossexuais foram fundadas, dando início também às primeiras marchas do orgulho gay em prol de direitos igualitários, respeito e inclusão ao redor do mundo.

Dentro de tantos assuntos pertinentes à classe, existe um extremamente importante: a inclusão de pessoas LGBTQIA+ no mercado de trabalho.

Infelizmente, a comunidade ainda sofre com a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, inclusive quando se fala em trabalho. Mesmo com uma melhora significativa do aumento da conscientização social, muitas pessoas ainda enfrentam obstáculos.

Em uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria Santo Caos, foi constatado que 61% dos funcionários LGBT’s no Brasil escolhem esconder de colegas e gestores a sua orientação sexual por receio de represálias e possíveis demissões. Já a Associação Nacional de Travestis e Transsexuais (Antra) aponta que 90% desta população está na prostituição.

De acordo com um levantamento realizado pela plataforma LinkedIn, 35% das pessoas que foram entrevistadas já sofreram algum tipo de discriminação velada ou direta em alguma empresa.

O estudo revelou que piadas e comentários homofóbicos foram os mais citados entre as formas de discriminação atual, por isso, muitos evitam expressar sua sexualidade e identidade de gênero no trabalho, pois sentem que isso pode impactar negativamente em sua posição atual.

 

O mercado de trabalho no Amazonas

O Portal Norte entrou em contato com o Sine Amazonas para saber sobre os desafios que a comunidade enfrenta e a possibilidade de conseguir uma oportunidade de emprego no Amazonas.

Em resposta, o órgão disse que sempre esteve e continua aberto a oferecer oportunidades e capacitação profissional a todas as pessoas, independentemente da orientação sexual, cor e religião, visto que o mais importante, é a experiência e dedicação que cada pessoa possui.

Apesar dos dados nacionais, quando questionada se existe alguma resistência por parte das empresas que contratam, a diretora do Sine Amazonas, Dayanna Machado, disse que isso não existe.

“Não! Muito pelo contrário, muitas empresas abrem portas para que membros da comunidade LGBTQIA+ possam atuar, sem qualquer discriminação, já que o principal requisito avaliado pelas instituições é a qualificação exercida no meio profissional”, enfatiza a diretora.

Em relação a existência de alguma política de inclusão voltada a comunidade, o órgão responde que trabalha em prol da sociedade.

“Estamos sempre encaminhando diversas pessoas ao mercado de trabalho, e isso é muito importante, pois perante a lei somos todos iguais e assim seguimos lutando contra o preconceito e a homofobia que prevalece em nossa sociedade nos dias de hoje”, finaliza.

______________________________

RELACIONADAS

Projeto prevê acolhimento e auxílio para jovens LGBTQIA+ em vulnerabilidade

Clubes da Série A do Brasileirão como Flamengo e São Paulo valorizam Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+

RECEITA FÁCIL: no Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, aprenda a fazer bolo colorido em camadas

Nova lei estabelece multa para quem praticar racismo, LGBTQI+fobia ou discriminar mulheres em estádios de Pernambuco

______________________________

 

Principais desafios dessa comunidade

Os desafios enfrentados pela população LGBTQIA+ no Brasil, vai muito além da crise econômica existente.

A inclusão de pessoas LGBT’s nas organizações ainda é um grande desafio. Ao abordar o tema, se faz necessário compreender a diferença entre diversidade e inclusão, uma vez que diversidade está atrelada a porcentagem de diferentes pessoas atuando na empresa.

Exemplo disso são os negros, mulheres, LGBT’s, PCDs, entre outros, e inclusão é a prática da promoção de um tratamento igualitário a todos os grupos pertencentes aquele ambiente, que visa o direito das mesmas oportunidades de desenvolvimento e crescimento na carreira.

 

Ambiente seguro

Não existe uma receita pronta para a garantia de um ambiente seguro e saudável. O que existe é a possibilidade de maior comunicação e empatia ao próximo.

É muito importante, além de falar, colocar em prática. A promoção de práticas inclusivas (palestras, reuniões e dinâmicas) e o fortalecimento das políticas da empresa voltadas a essa questão, fortalecem significativamente os membros do grupo para melhor acolhimento e segurança, além da boa convivência entre colaboradores.

____________________________________________

 

ACESSE TAMBÉM MAIS LIDAS