Nesta quinta-feira (18), foi publicada no Diário Oficial da União, a decisão da exoneração do diretor de Proteção Ambiental do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Samuel Souza.

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A publicação foi assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. Samuel Souza foi exonerado na quarta-feira (17). Um novo nome ainda não foi indicado ao setor.

Segundo nota emitida pelo Ibama, Souza assumirá novo cargo. Ele trabalhará como assessor especial do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, em um grupo de trabalho de combate ao “comércio ilegal de produtos florestais”.

Souza participou de uma megaoperação deflagrada em julho pela Polícia Federal, Ibama e Forças Armadas, para combater o garimpo ilegal na Terra Indígena (TI) Yanomami. O território é considerado a maior reserva indígena do país.

Na operação, o Ibama mapeou 277 pistas clandestinas de voo que serviam de apoio para a atuação de garimpeiros ilegais no interior e entorno do território indígena. Pelo menos, nove estão a menos de 40 quilômetros de um dos três pelotões especiais de fronteira do Exército na TI.

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O diretor agora exonerado explicou como a pista favorecia a atividade ilegal. “Uma aeronave que vai pegar isso aqui e vai levar para dentro da Terra Yanomami para alimentar a mineração ilegal lá”, disse Souza.

Além de informar que Souza será assessor especial do ministro do Meio Ambiente, a nota do Ibama afirma que ele vai integrar um grupo de trabalho para combater o comércio ilegal de produtos florestais.

Veja a íntegra do texto do Ibama:

“O Ibama informa que o ex-diretor fará parte, como assessor especial do Ministro do Meio Ambiente, do grupo de trabalho co-presidido pelo ministro Joaquim Leite, pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, e pelo enviado especial americano para o Clima, John Kerry, para o combater o comércio ilegal de produtos florestais e com o objetivo de alcançar resultados imediatos no combate aos crimes nacionais e internacionais de tráfico de animais silvestres, mineração ilegal e comércio ilegal de madeira, bem como bloquear o uso dos sistemas financeiro e comercial internacionais associados a atividades ilegais com produtos florestais.”

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