O diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Luiz Fernando Corrêa, afirmou que o sistema de inteligência estava “caótico” nos atos golpístas de 8 de janeiro. Questionado sobre uma possível falha da Abin, Corrêa disse que, além do sistema estar caótico, “não tinha uma lógica, um funcionamento adequado”.

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A entrevista foi concedida ao jornal O Globo e publicada nesta segunda-feira (2).

Corrêa enfatizou que todos os governos pós-redemocratização negligenciaram a atividade de inteligência. 

“No segundo governo Lula, foi feita uma reestruturação das carreiras. O meu problema é a inteligência. A atividade foi mal cuidada. Isso ocorreu por razões óbvias: a desconfiança de que o serviço servia só para vigiar pessoas, contrariava os interesses do Estado, uma questão cultural”, concluiu.

Em relação ao monitoramento de movimentos extremistas após as invasões às sedes dos Três Poderes, ele disse que a Abin tenta “estudar essas características em todos os seus aspectos públicos para auxiliar quem conduz políticas”. O extremismo não é compatível com a democracia. Ele se manifesta no aspecto ideológico e por outras motivações também”, pontuou Corrêa.

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