O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Antônio Fernando Souza, prometeu uma investigação rápida e transparente sobre o caso da menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, que foi baleada no Rio de Janeiro.
“A gente precisa marcar que não é um método aceito pela PRF, isso não está previsto em nenhum dos nossos manuais”, disse Antônio, em uma entrevista à GloboNews. “Não é permitido o disparo de arma de fogo para o veículo que que está em fuga, a gente tem que fazer o acompanhamento tático”, concluiu.
O chefe da PRF ainda destacou uma portaria interministerial assinada em 2010 que diz não ser “legítimo o uso de armas de fogo contra veículo que desrespeite bloqueio policial em via pública, a não ser que o ato represente um risco imediato de morte ou lesão grave aos agentes de segurança pública ou terceiros”.
Entenda
Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, foi baleada dentro do carro da família na noite de quinta-feira (7/9) no Arco Metropolitano, em Seropédica, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.
A família de Heloísa mora em Petrópolis e voltava de Itaguaí, na região metropolitana do Rio, onde passaram do dia 7 de Setembro. A criança estava no veículo com os pais, a irmã de 8 anos e a tia, quando os disparos foram efetuados. Os parentes que estão no veículo afirmam que os tiros partiram dos agentes da PRF.
De acordo com a família de Heloísa, o tiro acertou a coluna e a cabeça da criança. Heloísa foi levada às pressas ao Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias . Ela está sedada e entubada. O estado de saúde é grave.
Após a repercussão do caso, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram afastados.
Em entrevista ao Bom dia Rio, da TV Globo, William Santos, pai de Heloísa, diz que ao passar pelo posto da PRF não recebeu nenhuma ordem de parada, mas percebeu que uma patrulha começou a segui-lo e ficou muito próxima ao carro.
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