Nesta segunda-feira (20), unidades de saúde de Manaus promoveram ações de conscientização sobre o distúrbio de disfagia.

Em alusão à data de visibilidade ao distúrbio, as ações focaram na identificação da doença e informação.

Na capital, a Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ) e a Policlínica Codajás promoveram medidas de conscientização.

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O Dia Nacional de Atenção à Disfagia foi instituído em 2010 após publicação de resolução do Conselho Federal de Fonoaudiologia.

A data tem o intuito de alertar a população sobre o seu risco e a importância do diagnóstico e tratamento precoces.

O que é Disfagia

Conforme a fonoaudióloga da FHAJ, Luciane Ribeiro, a disfagia é, de maneira simples, a dificuldade do afetado de engolir alimentos.

A causa de disfagia pode variar, segundo a especialista, em uma questão neurológica, por câncer ou por formação de massa no esôfago.

O ato de engolir, em alguém que sofre com a disfagia, se assemelha a estar com algo obstruindo a garganta.

Nesse caso, um dos principais indícios de disfagia é o engasgamento, além de dor ao engolir e tosse durante as refeições.

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Outros sintomas são a regurgitação nasal, a fala anasalada e até o mau hálito.

Com o surgimento de sintomas, o paciente deve realizar visita a um profissional da área para iniciar a investigação.

Tratamento de Disfagia

A falta de tratamento pode acarretar problemas de desidratação e desnutrição, por conta da redução do consumo de alimentos.

Isso porque os desvios de comida ou saliva podem obstruir parcial ou completamente as vias respiratórias.

A reabilitação com um fonoaudiólogo auxilia no tratamento do paciente, para que ele possa comer com segurança.

Em Manaus o paciente com sintomas pode procurar os postos de saúde (UBS’s) e o atendimento na FHAJ, após encaminhamento médico via Sistema Nacional de Regulação (Sisreg).

Ações informativas em Manaus – Foto:  Daniel Jordano/ Asscom FHAJ 

Disfagia infantil

A Policlínica Codajás, também realizou ação em alusão a data, compartilhando informação.

A fonoaudióloga da clínica, Fabiane Marinho, explica sobre a disfagia infantil.

A especialista destaca que o distúrbio pode surgir durante as fases pré-oral, oral, faríngea e esofágica.

A etapa ‘pré-oral’ é aquela que precede a fase onde a criança leva tudo à boca, durante a fase ‘oral’.

“Algumas crianças, quando encaminhadas, já vem com diagnóstico de disfagia em decorrência de outras condições associadas, que podem ser de origem neurológica ou mecânica”, destaca.

Sede da Policlínica Codajás – Foto: Divulgação/ SES-AM      

Nas condições neurológicas, Fabiane explica que são casos de encefalopatias crônicas, paralisias cerebrais, síndromes, tumores cerebrais, doenças neuromusculares degenerativas.

Já as de casos mecânicos são as com defeitos congênitos craniofaciais, sendo mais comuns as fissuras palatinas, anomalias congênitas do intestino e o mais comum, Refluxo Gastresofágico.

Contudo, os pais ou responsáveis precisam sempre estarem atentos a alguns sinais, para identificar a disfagia nas crianças, declara a fonoaudióloga.

*Sob supervisão de Francisco Santos