Após a saída polêmica do General Gonçalves Dias do comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), setores do governo do presidente Lula (PT) discutem sobre manter um militar ou colocar um civil para liderar a pasta.

O tema ganhou repercussão na mídia após o pedido de demissão do militar na quarta-feira (19), devido vídeos comprometedores dos ataques do dia 8 de janeiro.

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Conforme informações do governo, o pedido de demissão foi feito após reunião com o presidente Lula e chefes de outras pastas, em Brasília.

A atuação do GSI durante os atos de 8 de janeiro é alvo de várias críticas, da sociedade e de políticos, tanto da base aliada como os de oposição.

Quem assumirá o GSI?

Segundo a Folha da S. Paulo, alguns auxiliares defendem a permanência do ministério sob o comando militar, pois acreditam que essa seria a opção menos conturbada e política.

O medo é que colocar um civil no cargo possa reacender uma crise com os militares.

Embora o governo Lula tenha tentado acalmar as tensões com os militares, os primeiros quatro meses de mandato foram marcados pela demissão do então comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda.

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Por outro lado, há membros do governo que defendem a colocação de um civil à frente do GSI e a completa reestruturação do ministério. 

A argumentação é de que é necessário criar uma secretaria especial com uma estrutura robusta, mas liderada por alguém fora do meio militar.

General Stumpf

Se Lula optar por manter um militar no comando, o principal nome cotado é o do general Valério Stumpf Trindade, atualmente na reserva e à frente da Poupex. 

Ele ocupava o segundo cargo mais alto na hierarquia interna, o Estado-Maior do Exército, mas deixou a corporação quando Tomás Paiva se tornou Comandante do Exército. 

Segundo as regras militares, o comandante não pode ter entre seus subordinados nenhum militar mais antigo.

Apesar dos nomes ventilados como indicados para o cargo, o presidente ainda não indicou quem deve substituir Dias à frente do comando da GSI.