O desastres naturais vistos nas últimas semanas, como o furacão Ian, na Flórida, está preocupando a Organização das Nações Unidas (ONU).

O secretário-geral da ONU, António Guterres, falou a jornalistas na última segunda-feira (3) que é “hora de compromissos com ação climática”.

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António Guterres conversou com os correspondentes estrangeiros a pouco mais de um mês da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, marcada para 6 a 18 de novembro, em Sharm El Sheikh, Egito.

Compromissos com clima

Guterres destacou que ministros dos países participantes se reúnem esta semana em Kinshasa, na República Democrática do Congo, para debater os rumos da COP27.

Para o secretário-geral, a reunião é “crucial” sobretudo com as catástrofes mais recentes em todo o mundo, dos alagamentos às temperaturas recordes.

Ela afirmou que para manter as metas do Acordo de Paris vivas uma das principais questões deve ser o financiamento.

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Os líderes da ONU lembraram dos compromissos feitos na última COP, em Glasgow, na Escócia. Os países desenvolvidos prometeram dobrar o apoio à adaptação para US$ 40 bilhões por ano até 2025.

Além deste valor, o secretário-geral afirmou que o mundo precisa de clareza dos países desenvolvidos sobre a entrega de US$ 100 bilhões por ano para apoiar a ação climática nos países em desenvolvimento.

António Guterres voltou a dizer que as nações do G20 devem tomar a frente na liderança do debate e nos investimentos.

Para ele, além dos países desenvolvidos, bancos multilaterais também devem agir para levantar os fundos para mitigação, adaptação e resiliência.

Retrocessos

O chefe da ONU ressaltou que a “ o caos climático galopa, a ação climática estagna”.

Ele adicionou que “se vive uma luta de vida ou morte por nossa própria segurança hoje e nossa sobrevivência amanhã”.

Para Guterres, não é hora de “acusar, apontar os dedos”, mas sim de buscar compromisso entre economias desenvolvidas e emergentes.