As agências federais dos Estados Unidos poderão parar a partir de amanhã, 1º de outubro, por causa do impasse no Congresso sobre a votação do projeto de lei para estender o orçamento, cujo término está previsto para hoje (30) à meia noite.

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Nem o Senado, controlado pelos democratas, do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nem a Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos, chegaram a um consenso sobre o tema.

Se confirmada, a paralisação deve afetar a prestação de serviços de segurança pública, os programas de assistência alimentar e provocar atrasos nos serviços de saúde.

Projeto de lei

Na última sexta-feira (29), os republicanos linha-dura na Câmara dos Representantes dos EUA rejeitaram um projeto de lei proposto por seu líder para financiar temporariamente o governo.

Numa votação de 232-198, a Câmara derrotou a medida que prolongaria o financiamento governamental por 30 dias e evitaria um encerramento.

Esse projeto de lei teria cortado gastos e restringido a imigração, prioridades republicanas que tinham poucas chances de aprovação no Senado controlado pelos democratas.

A derrota deixou os republicanos sem uma estratégia clara para evitar essa paralisação

Após a votação, o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, disse que a Câmara ainda poderia aprovar uma extensão do financiamento sem as políticas conservadoras.

Entretanto, ele se recusou a comentar o que aconteceria a seguir. A Câmara deverá realizar mais votações neste sábado (30).

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Funcionários dispensados

Se nenhuma negociação avançar ao longo do dia, milhões de funcionários federais serão dispensados.

Outros serão forçados a trabalhar sem remuneração até a retomada das atividades.

A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse na sexta-feira (29) que uma paralisação do governo “minaria” o progresso econômico dos EUA.

Também poderia atrasar grandes melhorias na infraestrutura.

A interrupção das atividades do Estado seria a quarta numa década e ocorreria apenas quatro meses depois de um impasse semelhante ter levado o governo federal a não honrar dívidas.