A TV Norte Amazonas, do Grupo Norte de Comunicações, continuou, nesta quinta-feira (18), a rodada de entrevistas com os pré-candidatos à Prefeitura de Manaus. O quadro “Norte Eleições 2024” recebeu o especialista em administração pública, Thomaz Barbosa (Psol). 

A ordem dos entrevistados foi realizada previamente a partir de um sorteio. A primeira pergunta feita pela jornalista Samira Benoliel ao empresário foi: “Por que se candidatar à Prefeitura de Manaus?”.    

Segundo o pré-candidato, a capital amazonense é mal gerenciada. Por conta da má gestão, ele viu a necessidade de se candidatar.  

“Manaus está ruim na saúde, na educação e no transporte público. Quando isso acontece, a gente percebe que tem condições de modificar”, afirma Thomaz Barbosa.  

Hoje, além de Barbosa, o Psol tem outros dois pré-candidatos à Prefeitura de Manaus: Marcelo Amil e Natalia Demes. Barbosa salientou que caso não vença a eleição, ele vai estar ao lado do representante escolhido pela população: “isso não divide, mas une o partido”.  

Segurança pública  

Um dos temas debatidos pelo pré-candidato foi segurança pública. Apesar de ser responsabilidade do Governo do Amazonas, a prefeitura tem o deve de reforçar a área.  

Conforme Thomaz Barbosa, o Executivo Municipal trabalha com a segurança institucional, ou seja, certifica a segurança em espaços públicos como feiras, museus e transporte coletivo, por exemplo. 

No entanto, o principal problema na segurança é a falta de tecnologia e investimento em melhores condições de trabalho da Guarda Municipal de Manaus.  

“Para melhorar a vida das pessoas é preciso melhorar a vida dos servidores também. Guarda Municipal ganhando bem, em situações boas, e em um bom quartel. Muita inteligência nas ruas, de forma sistemática, com tecnologia altíssima em segurança pública”, argumenta Thomaz Barbosa. 

Esquerda em Manaus  

Ao ser questionado sobre os conflitos na esquerda em Manaus, Barbosa afirmou que o campo político é democrático e permite um amplo conjunto de ideias e opiniões que divergem.  

Por conta da diversidade de visões, de acordo com o pré-candidato, a esquerda pode dar a impressão de ter diversos embates. 

“Na esquerda todo mundo se expressa. Essa é a beleza. Todo mundo coloca suas ideias. Quando você se expressa e coloca suas ideias, sai uma coisa coletiva para a sociedade”, defende Thomaz.  

Para Thomaz Barbosa, a população de Manaus tem “vocação para a esquerda”. No entanto, ele destaca que a cidade foi abandonada e “entrou no conto do vigário”.  

“Foi violentada. Claro que foi pedir proteção do governo que estava. Manaus foi maltratada pelo bolsonarismo”, afirma.  

Sobre os vereadores da Câmara Municipal de Manaus CMM, o pré-candidato disse que vai firmar uma “relação institucional”. “Eu quero a Câmara me fiscalizando, trazendo leis, sugerindo e vetando”, ressalta.

Já em relação ao anúncio do Psol que descartou apoiar Marcelo Ramos (PT), Thomaz afirma que não acredita na palavra “descartar” em eleição. “Não se faz política fechada. Se faz por meio do diálogo”, completa.  

Imposto  

Nos minutos finais, a entrevista conduziu uma dinâmica de sabatina por meio do sorteio de temas. Thomaz Barbosa sorteou “Quais são os serviços públicos financiados pelos impostos municipais?”.  

O pré-candidato explicou que todos os serviços oferecidos pela prefeitura partem dos tributos municipais, sendo os serviços básicos: saúde, educação, transporte, cultura e lazer.  

Ele também sorteou: “Quais bairros têm Zona Azul?” e respondeu à pergunta de forma correta: Centro e Vieiralves.  

Ao fim, o pré-candidato escolheu cuias que pediam que ele indicasse nomes para “servir um tacacá”, que representa os alinhamentos políticos na intenção do pleito.