Nesta quinta-feira, 16, os vereadores Rodrigo Guedes (PSC) e Amom Mandel (sem partido) realizaram uma entrevista coletiva para falar sobre a proposta de construção de um prédio anexo na CMM no valor de R$ 32 milhões.
Dos 41 vereadores, apenas três são contra a obra milionária. Além de Mendel e Guedes, o vereador Capitão Carpê (Republicanos) já havia se posicionado contrário à construção.
A entrevista serviu para informar sobre a realização de uma Ação Popular ajuizada com o objetivo de impedir o andamento da construção de um prédio anexo na Casa Legislativa, proposta pelo presidente da Câmara, David Reis, que já está em fase de licitação, mesmo não sendo uma necessidade da população.
Guedes acredita que todo esse valor poderia ser repassado, por exemplo, para a Prefeitura de Manaus. Em vez da construção de um anexo, o dinheiro poderia ser bem mais utilizado, aplicando em diversas áreas.
“O dinheiro poderia ser muito bem aplicado na área da educação, na saúde, em salários de profissionais de educação e saúde, no pagamento de auxílio emergencial a quase 20 mil famílias durante um ano inteiro”, reiterou Guedes.
Amom, por sua vez, disse que estará sempre se posicionando de forma clara em relação ao mau uso do dinheiro público e fez uma declaração.
“Nós vamos mover quantas ações forem necessárias na justiça pra impedir que o dinheiro público seja usado de maneira indevida. Em uma análise preliminar do edital para a construção do ‘puxadinho’ da câmara, já detectamos inconsistências no planejamento básico, nos levando a crer que o dinheiro será mau utilizado”, declarou.
O vereador ainda acrescentou que serão construídos 51 gabinetes sem necessidade, visto que Manaus só terá esse número de vereadores quando a capital atingir uma população entre 6 e 7 milhões de habitantes.
“Segundo o censo do IBGE, nem em 2060 Manaus terá essa quantidade de habitantes”, afirmou.
Ao serem questionados sobre a existência de outros projetos onde os quase 32 milhões poderiam ser investidos, os vereadores responderam que além de outras áreas, já existe a vários anos um projeto na câmara e na Aleam. Trata-se do Parlamento Jovem.
“Sem nenhum empecilho, o presidente da câmara pode investir na Escola Legislativa da CMM e trazer benefícios diretos à populaçao da cidade ao abrir escola para acesso a todos. Esse é um dos exemplos mais claros possíveis de como esse dinheiro pode ser bem aproveitado, além de consrtrução de escolas, unidade básicas de saúde, casas populares e podemos levar sem nenhum tipo de empecilho legal ao questionamento do benefício próprio e direto da população”, disse Amom.
Antes do encerramento da coletiva, segundo os vereadores, uma série de argumentos jurídicos, morais, éticos e técnicos estão sendo escritos na ação que, ainda nesta quinta, será protocolada.
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