No início deste ano, um bebê prematuro de 35 semanas nasceu com uma cauda de 12 centímetros, com uma bola na extremidade. O caso, muito raro, aconteceu em Fortaleza-CE, no Hospital Infantil Albert Sabin.

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Este caso é o primeiro do tipo no Brasil a ser registrado em artigo publicado em um jornal científico, em fevereiro. No caso, o renomado Journal of Pediatric Surgery Case Reports.

Após um criterioso estudo médico, médicos realizaram uma cirurgia para remover a cauda do bebê e passa bem. Ele será acompanhado semestralmente pelos médicos no primeiro ano de recuperação e, depois, a avaliação terá que ser realizada anualmente.

Todos os bebês desenvolvem uma cauda embrionária no útero entre quatro a oito semanas após a gestação, mas ela é normalmente reabsorvida pelo corpo. No caso do bebê, ela seguiu crescendo, chegando a 12 cm, com a bola na extremidade medindo 4 cm de diâmetro.

Após exames, os médicos observaram que a cauda era composta por tecido conjuntivo e gordura e não continha partes feitas de cartilagem e osso, o que significa que se tratava de um raro exemplo de uma verdadeira cauda humana.

Outros exames foram realizados exames para avaliar o quadro neurológico do bebê, e nenhuma alteração foi encontrada. Ele também não apresentava outras alterações sistêmicas além do apêndice cutâneo.

Imagem: Journal of Pediatric Surgery Case Reports – Cauda foi retirada após o nascimento

Essa exploração cuidadosa se fez necessária para evitar sequelas neurológicas tardias adicionais, como o cirurgião Humberto Forte e sua equipe explicam no artigo.

“É essencial que o pediatra ou cirurgião pediátrico investigue a presença de disrafismo espinhal oculto em pacientes com suspeita de lesões cutâneas, pois podem ser a única anormalidade visível e o diagnóstico precoce pode prevenir a evolução para alterações neurológicas graves”, explicou o cirurgião.

A remoção foi feita sem complicações. Segundo o Daily Mail, apenas cerca de 40 casos semelhantes já foram registrados na medicina.

Estima-se que, na trajetória que dividiu macacos e humanos, há 20 milhões de anos os espécimes que encaminharam a evolução do Homo Sapiens começaram a ficar sem caudas.

Além de Forte, participaram do relato do caso os profissionais Carlos Eduardo Lopes Soares (estudante da Universidade Federal do Ceará), Márcia Maria de Holanda Góes Bezerra (cirurgiã pediátrica do Hospital Albert Sabin), Verlene de Araujo Verdiano (neonatologista), Rodrigo Schuler Honorio (patologista do Hospital Albert Sabin) e Francisco das Chagas Barros Brilhante (cirurgião pediátrico do Hospital).

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