O G20 Brasil discutiu, em Manaus, temas como Bioeconomia e Sustentabilidade Ambiental e Climática. O evento, que durou até esta quarta-feira (19), reuniu representantes internacionais para debater como proteger a floresta e desenvolver a economia ao mesmo tempo, com foco na importância da Amazônia e das comunidades locais.

Durante os três dias do encontro em Manaus, discutiram-se, em reuniões fechadas, temas como:

  • bioeconomia para comunidades tradicionais, rurais e indígenas;
  • uso sustentável de florestas; uso da água; e
  • como a bioeconomia pode ajudar na recuperação produtiva e ambiental.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, embaixador André Corrêa do Lago, acompanharam os debates.

Debates buscam elaborar um conceito para bioeconomia que inclua a perspectiva dos povos originários – Foto: Divulgação/ G20.

Outras autoridades, do governo do Amazonas e de outros ministérios, também participaram das discussões. Foi a primeira vez que o tema da bioeconomia foi discutido em grupo.

Na quinta (20) e sexta-feira (21), é a vez do Grupo de Trabalho (GT) da Trilha de Sherpas. Coordenados pelo Ministério de Meio Ambiente e Mudança do Clima, os delegados debatem, com prioridade:

  • pagamento por serviços ecossistêmicos no plano global (pagar para proteger a natureza);
  • inclusão dos movimentos de catadores para uma transição justa; e
  • resíduos e economia circular.

Na oportunidade, as representações internacionais também terão a possibilidade de realizar visitas relacionadas aos assuntos da reunião, com imersão no bioma amazônico.

G20, Brasil e Manaus: qual a relação?

O Brasil assumiu a presidência do G20 em 1º de dezembro de 2023, com três prioridades:

  • combater a fome, a pobreza e as desigualdades;
  • promover o desenvolvimento sustentável (econômico, social e ambiental); e
  • reformar as instituições de governança global.

A proposta do Brasil está ligada ao papel de liderança nas discussões internacionais sobre desenvolvimento sustentável, desde a Cúpula da Terra em 1992, passando pela Rio+20 em 2012 e planejando a COP-30 no Brasil, em 2025.

O G20 inclui as maiores economias do mundo, 19 países, além da União Africana e da União Europeia. A Iniciativa de Bioeconomia é uma das novidades apresentadas pelo Brasil na presidência do G20 e Manaus foi escolhida por apostar nesta bandeira, mais consistentemente desde a reestruturação do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA).