O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne na tarde desta quarta-feira (20) com os presidentes da Ucrânia, Volodimir Zelensky, e dos Estados Unidos, Joe Biden. O encontro bilateral com o chefe da Casa Branca, será às 14 horas (de Brasília, 13 horas em Nova York).

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Na sequência, às 14h30, ambos participam da cerimônia de Lançamento da Iniciativa Global Lula-Biden para o Avanço dos Direitos Trabalhistas na Economia do Século XXI. Os compromissos contam com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Já o encontro com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, está  previsto para ocorrer às 17 horas.

Para finalizar a agenda, Lula tem uma reunião com o Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, às 17h30, e, depois, com o presidente do Paraguai, Santiago Peña.

A principal pauta com Zelensky será a situação do país ucraniano na guerra com a Rússia.  Já com Biden, as conversas abordarão temas como a reforma da Organização das Nações Unidas (ONU), mudanças climáticas e iniciativas relacionadas ao trabalho decente.

O encontro bilateral com o presidente da Ucrânia foi solicitado pelo próprio Zelensky, que ainda expressa frustração com a falta de apoio do Brasil, tanto sob a administração de Lula quanto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em relação à aplicação de sanções econômicas contra a Rússia devido à invasão na Ucrânia.

Questionado sobre a expectativa para o encontro, o presidente brasileiro disse que será uma conversa entre “dois presidentes de países, cada um com seus problemas, cada um com suas visões”.

O presidente ucraniano tem acusado Lula de “coincidir com as narrativas” do autocrata russo Vladimir Putin, após o mandatário brasileiro ter dito que nem Rússia, nem Ucrânia querem a paz.

Zelensky evita aplaudir

Lula fez o discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, nesta terça-feira (19), mas quando terminou a fala, uma cena chamou a atenção: o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, não aplaudiu o brasileiro.

Zelensky ouvia o discurso na sala e, enquanto outros líderes mundiais aplaudiram a fala de Lula, ele permaneceu imóvel.

O presidente fez menção a questão dos ataques russos contra a Ucrânia, mas não defendeu o país invadido, pelo contrário, defendeu a Rússia ao condenar as sanções feitas ao país liderado por Vladimir Putin.

“Sanções unilaterais causam grandes prejuízos à população dos países afetados. Além de não alcançarem seus alegados objetivos, dificultam os processos de mediação, prevenção e resolução pacífica de conflitos”, falou Lula.

O mandatário brasileiro reiterou a sua posição de que é preciso “criar espaço para negociações”, por meio do diálogo, para resolver a guerra que foi iniciada em fevereiro de 2022.

Antecipação do retorno

O presidente teria reclamado de dores e cansaço em função da agenda internacional intensa. Já a Secretaria de Comunicação da Presidência da República alegou que a antecipação não possui relação com a saúde do presidente. 

A previsão era de que Lula voltasse apenas na quinta-feira (21), mas a viagem de retorno foi remarcada para a noite desta quarta (20). O presidente de 77 anos tem uma cirurgia marcada para o dia 29 para tratar de uma dor crônica na cabeça do fêmur. O procedimento deve ser feito no Hospital Sírio Libanês, em Brasília.

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