O enterro do lutador Leandro Lo reuniu nesta segunda-feira, 8, cerca de mil familiares, amigos e fãs no Cemitério do Morumbi, na zona sul da cidade de São Paulo.

A cerimônia foi realizada às 16h (horário de Brasília) e ficou marcada pela presença de representantes do jiu-jitsu, que utilizavam kimono para prestar uma última homenagem ao multicampeão mundial da modalidade.

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O clima de comoção e revolta era rapidamente perceptível nas rodas de conversas entre os presentes.

Em tom de desabafo, Luciano Nascimento, pai de Lo, conversou com a reportagem da Ag. Fight e apontou para a necessidade de pressionar os órgãos públicos para que o autor do disparo seja condenado.

“A Justiça já existe, naturalmente. O que vai acontecer (da nossa parte) é que vamos pegar no pé e ficar cobrando para não esquecermos e que isso bandido vá para a rua daqui a pouco cometer novos crimes. Vamos cobrar via advogado, cobrar a polícia”, declarou.

Sob intensos aplausos dos presentes, o caixão com o corpo de Leandro foi carregado por amigos e lutadores, que se revezaram durante o trajeto.

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Investigação

A investigação, que apura o assassinato do atleta, descartou legítima defesa por parte do policial Henrique Velozo, suspeito de atirar na testa do lutador.

O autor do disparo foi denunciado por homicídio qualificado e está preso preventivamente por 30 dias – prorrogáveis por mais 30.

O crime

No último sábado, 5, Leandro esteve em uma festa realizada no Clube Sírio, em São Paulo.

Testemunhas afirmam que o policial militar Henrique Otávio Oliveira Velozo teria iniciado uma confusão com o lutador.

Após ser imobilizado pelo atleta, o PM teria efetuado um disparo na cabeça à queima roupa.

Leandro Lo foi atendido no local, mas não resistiu e teve morte cerebral após dar entrada em hospital.