Uma situação que repercutiu em proporções mundiais na última semana foi o surgimento de uma canção com as vozes de Drake e The Weeknd, chamada “Heart on My Sleeve”.
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Rapidamente, a música acumulou 600 mil reproduções no Spotify, 15 milhões de visualizações no TikTok e 275 mil no YouTube, de acordo com o jornal The Guardian.
O que poderia ser o “feat” do momento nada mais era do que uma música criada por uma pessoa usando inteligência artificial.
A viralização ocorreu a contragosto do rapper Drake e não é o primeiro nem vai ser o último uso de deepfakes e inteligências artificiais a gerar processos por infrações contra a propriedade intelectual.
A música composta por inteligência artificial foi retirada das redes na última semana após pedido da Universal Music Group, que condenou “Heart on my Sleeve” e a considerando como “conteúdo infrator criado com inteligência artificial generativa”.
Para a gravadora, esse tipo de conteúdo representa um risco para o setor criativo.
“[Isso] demonstra por que plataformas têm uma responsabilidade legal e ética de prevenir o uso de seus serviços de uma forma que possa prejudicar os artistas”, afirmou a Universal Music Group em comunicado enviado à revista Billboard.
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IA preocupa mercado da música
A inteligência artificial vem preocupando as autoridades em variados setores da indústria cultural.
Uma palestra sobre o assunto foi realizada no Rio de Janeiro para falar sobre o assunto.
Duarante o evento Rio2C 2023, foi destacado a importância de olhar para a nova tecnologia para desenvolver a capacidade de proteção contra eventuais pontos cegos que ela possa provocar.
O youtuber Felipe Neto conta que a IA pode substituir a capacidade de criação do ser humano.
“A inteligência artificial é um fenômeno que pode tirar do potencial humano a nossa capacidade criativa e jogá-la para uma máquina”, opinou.
Para o secretário de Direitos Autorais e Intelectuais do Ministério da Cultura, Marcos Souza, é preciso criar regras para regular o que é criado pela IA.
“É preciso a criação de regras para regular o que é criado pela IA. O que é criado pela máquina não é considerado uma obra porque, pela lei, é preciso ter uma pessoa de carne e osso na produção”, pontuou.