Nesta terça-feira (10), a Justiça determinou novamente a prisão preventiva de Deolane Bezerra, advogada, empresária e influenciadora digital.
Deolane teve sua prisão domiciliar revogada em menos de 24 horas após a concessão. Ela soube da decisão de sua nova prisão preventiva ao se apresentar no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no centro de Recife.
A juíza Andréa Calado da Cruz tomou essa decisão porque Deolane descumpriu a ordem que proibia manifestações públicas nas redes sociais e na mídia. De fato, ela violou essa ordem logo após deixar a unidade prisional.
Assim, ela será transferida para a Colônia Penal Feminina de Buíque, situada no Agreste de Pernambuco, a aproximadamente 280 quilômetros do Recife.
Atualmente, a Colônia Penal Feminina de Buíque enfrenta um sério problema de superlotação.
De acordo com o Sindicato dos Policiais Penais do Estado, a unidade tem capacidade para 107 detentas, mas abriga atualmente 264 mulheres.
Caso ela chegue ao presídio e não houver uma cela disponível, a sua defesa pode recorrer a justiça para voltar a prisão domiciliar.
Deolane e ‘Canibais de Garanhuns’ no mesmo presídio
Neste contexto, Deolane cumprirá pena na mesma unidade onde estão encarceradas Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva. Elas foram condenadas pelo infame caso dos “Canibais de Garanhuns”.
Vale lembrar que Isabel, Bruna e Jorge Beltrão Negromonte da Silveira foram presos em 11 de abril de 2012, em Garanhuns, Pernambuco, após confessarem o assassinato de mulheres desaparecidas na região.
A Polícia encontrou os corpos das vítimas enterrados na casa do trio, que, curiosamente, morava com uma criança de 5 anos, filha de uma das vítimas.
Isabel fez revelações chocantes na delegacia, revelando que o trio não apenas praticava canibalismo.
Entretanto, também preparava empadas com os restos mortais das vítimas, que eram vendidas nas ruas de Garanhuns. A polícia encontrou forminhas usadas para confeccionar os salgados na residência.
O trio alegou, adicionalmente, que as vítimas faziam parte de um suposto “Cartel”, uma seita que acreditavam ter a missão de reduzir a população mundial.
Segundo o grupo, atraíam as vítimas com promessas de emprego e, em seguida, as matavam por serem mães solteiras, justificando que elas não tinham condições de criar seus filhos.
Por fim, a Polícia Civil confirmou o assassinato de pelo menos três mulheres: duas em Garanhuns e uma em Olinda.
Isabel e Bruna enfrentam penas somadas que ultrapassam os 90 anos, mesmo com o limite máximo de cumprimento de penas no Brasil sendo de 30 anos.
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