Fiona McDonald deu adeus aos admiradores, na última quinta-feira (3), com uma carta póstuma compartilhada em seu Instagram. Ela anunciou sua morte, aos 67 anos, em decorrência de uma doença generativa.

A irmã da ex-apresentadora recebeu a responsabilidade de compartilhar o texto escrito por ela, em seus últimos momentos de vida, em seu perfil social. Fiona McDonald enfrentou três anos o diagnóstico da doença do neurônio motor (MND).

A condição afetava seus neurônios motores, que são células nervosas responsáveis por controlar os músculos do corpo. Com a doença, ela possuia dificuldades para engolir alimentos, falar, além de cãibras e franqueza muscular.

Em sua mensagem póstuma, a ex-apresentadora disse estar “lentamente passando fome” e, consequentemente, ficando mais fraca. Além disso, descreveu uma dor “terrível” nas costas, porque seus músculos já não estavam mais sustentando o corpo.

Quem é Fiona McDonald?

Fiona McDonald é uma personalidade australiana que ganhou notoriedade nos anos 1980, especialmente por seu trabalho na televisão. Ela ficou conhecida como apresentadora do programa infantil “Wombat,” onde atuava com um fantoche de mão chamado Agro.

Após seu sucesso, ela assumiu a versão australiana do game show “It’s a Knockout,” onde continuou a conquistar o público com seu carisma e humor. Depois de sua carreira na televisão, Fiona McDonald decidiu se afastar das câmeras e se aventurou na indústria do vinho.

De acordo com informações do site britânico The Guardian, ela se dedicou a essa nova fase da vida, explorando um campo completamente diferente daquele que a fez famosa.

Mensagem póstuma

Fiona McDonald tomou a difícil decisão de interromper os tratamentos médicos e optar pelos cuidados paliativos em seus últimos dias. Após enfrentar meses de sofrimento e limitações, ela optou pela despedida.

Confira adeus:

Adeus, meus amigos. Minha irmã Kylie está postando isso porque eu já parti — Espero estar olhando para vocês de uma nuvem. A noite passada trouxe o fim de alguns meses muito difíceis. Foi muito pacífico, os meninos e Kylie ficaram comigo para se despedir. Embora eu nunca tenha desejado morrer, a ideia de deixar meu corpo atormentado foi um alívio.

Os últimos meses foram duros. Incapaz de engolir alimentos normais, a alimentação por sonda que deveria me manter não funcionou porque meu intestino não tolerava nenhuma das múltiplas marcas de bebidas proteicas. Entrava direto e saía direto.

Estive lentamente passando fome, ficando cada vez mais fraco. Também desenvolvi uma dor terrível nas costas porque meus músculos não estavam mais sustentando meu corpo.

O humor negro que me ajudou nos primeiros anos dessa jornada deu lugar ao desespero. Tomei a decisão, depois de muita reflexão, de interromper todos os suportes médicos e, finalmente, ir ao hospital para os cuidados paliativos de fim de vida. Quando você ama a vida tanto quanto eu, é preciso muita coragem para fazer escolhas que levam à despedida.

Então, não vamos chamar isso de adeus, pois espero vê-los novamente do outro lado. Até lá: “Que o vento esteja sempre às suas costas, que o sol brilhe quente em seu rosto, que a chuva caia suavemente sobre seus campos até nos encontrarmos novamente, e que Deus o guarde na palma de Sua mão.”

Carrego comigo o amor e o riso de vocês e espero que se lembrem do meu.