Maguila, um dos maiores nomes do boxe brasileiro, faleceu nesta quinta-feira (24) em decorrência de complicações da encefalopatia traumática crônica (ETC). A doença, frequentemente associada a esportes de contato, afetou gravemente sua saúde.
José Adilson, nome de batismo, teve o ápice da carreira nas décadas de 80 e 90, onde vence mais de 70 lutas, considerando mais de 80 embates. Após consolidar sua carreira, deixou o ringue nos anos 2000.
Maguila morreu de que?
Desde 2017, Maquila estava recebendo tratamento para o caso de ETC, doença considerada incurável. Colocam a sua condição como resultado dos anos de boxe e dos incontáveis golpes na cabeça que sofreu durante a sua trajetória.
A ETC é uma condição progressiva, frequentemente diagnosticada em atletas que sofrem impactos repetidos na cabeça, como boxeadores e jogadores de futebol americano. Maguila apresentou sintomas como demência, dificuldades motoras, alterações de comportamento e perda de memória.
A doença comprometeu sua qualidade de vida, exigindo cuidados constantes de sua família e de profissionais de saúde nos últimos anos. Cerca de sete anos depois, nesta quinta-feira, ele faleceu em decorrência de complicações no quadro.
Quem era o atleta?
Nascido em 1958 na capital sergipana, Aracaju, Adilson “Maguila” Rodrigues enfrentou uma infância de dificuldades junto à família. Em busca de novas oportunidades, mudou-se para São Paulo em 1972, ainda adolescente. Antes de trilhar seu caminho no boxe, precisou se virar como pedreiro e segurança para auxiliar no sustento da casa.
Cerca de 20 anos depois, Maguila teve seu primeiro contato com o boxe. Talentoso na área, em pouco tempo escalonou à categoria de pesos-pesados, ganhando reconhecimento e respeito no ringue como resultado de suas vitórias.
Após diversas conquistas, enfrentou complicações de saúde e passou seus últimos anos de vida em uma clínica no interior de São Paulo.