Durante a tarde de sexta-feira (8), um vídeo capturou um momento raro no Bumbódromo de Parintins: uma coruja “Rasga Mortalha” apareceu inesperadamente na arena dos bumbás.
Veja vídeo do momento extraordinário:
Conheça o mito da ave que apareceu em Parintins
A lenda da coruja-rasga-mortalha é popular nas regiões norte e nordeste do Brasil. Seu nome tem inspiração no barulho produzido por suas asas ao voar, que lembram o som de rasgar um pano.
De acordo com o conto, uma jovem com o nome de Suindara, que é um dos outros nomes populares para a coruja, trabalhava como carpideira, profissão que consiste em chorar para um defunto alheio.
Suindara era filha do feiticeiro Eliel, que era muito temido na região.
Por ser muito inteligente e respeitada, Suindara era conhecida como “coruja branca”. Porém, a moça começou um relacionamento com filho de uma condessa preconceituosa que nunca aceitaria o amor do casal.
Para o azar dos dois, a condessa descobriu o romance de Suindara e ordenou que um empregado assassinasse a jovem.
Em vingança, o pai da moça realizou um ritual para se vingar da condessa. O feiticeiro foi até o túmulo da filha e fez com que o espírito dela entrasse na estátua de uma coruja.
Então, a ave voou para a sacada da condessa e realizou seu piado característico, e, ao amanhecer, a mãe estava morta e com suas roupas rasgadas. A partir daí o animal ganhou a reputação de ser agourenta.
Além desta, outras lendas são muito famosas na região. Relembre alguma delas.
Ouça o som produzido pela rasga-mortalha
O som de “Rasga Mortalha” é frequentemente descrito como um lamento visceral, quase como se o próprio som fosse uma metáfora para “rasgar um pano”. Ouça aqui.