Ícone do site Portal Norte

FOTOS: veja como foi 1ª noite de desfile das escolas de samba do Grupo Especial no RJ

Mestre-sala e porta-bandeira da Unidos da Tijuca - Fotos: Lucas Neves/Enquadrar/Estadão Conteúdo

Mestre-sala e porta-bandeira da Unidos da Tijuca - Fotos: Lucas Neves/Enquadrar/Estadão Conteúdo

A primeira noite de desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro contou na avenida o enredo de seis agremiações.

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

Elas desfilaram entre 22h de domingo (19) e 5h55 de segunda-feira (20).

Os destaques da noite foram Império Serrano, Grande Rio e Mangueira.

Império Serrano

De volta ao Grupo Especial, a Império Serrano homenageou o sambista Arlindo Cruz.

Com fantasias e alegorias simples, sem luxo, não faltou emoção.

Arlindo sofreu um acidente vascular cerebral há seis anos e ainda se recupera.

Ele só se expressa (pouco) por meio da fisionomia e foi levado à Sapucaí em um trono no último carro alegórico, acompanhado da mulher, Babi, por outros familiares, amigos e equipe médica.

A passagem de Arlindo Cruz pela passarela comoveu a plateia.

A partir da canção Meu Lugar, um dos sucessos de Arlindo e que exalta o bairro de Madureira (zona norte), onde o artista cresceu e onde fica o Império Serrano, a agremiação apresentou referências à história do Império e passagens fundamentais da vida de Arlindo.

Desfile da Império Serrano, no domingo (19), no RJ – Foto: Reginaldo Pimenta/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
Arlindo Cruz foi o grande homenageado da Império Serrano – Foto: Cléber Mendes/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

Grande Rio

A Grande Rio foi a segunda escola a desfilar na Sapucaí.

Atual campeã do carnaval carioca, o enredo da agremiação homenageou o cantor e compositor Zeca Pagodinho.

O desfile passeou por lugares que fazem parte da história do artista

O sítio de Zeca em Xerém, distrito de Duque de Caxias, município onde fica a Grande Rio, também foi narrado na avenida.

A rainha de bateria, Paolla Oliveira, foi um dos destaques da Grande Rio.

Sambando no chão, a atriz foi bastante aplaudida na Marquês de Sapucaí. O namorado, cantor e sambista, Diogo Nogueira, também participou do desfile, com direito a beijo na amada.

Zeca Pagodinho desfilou no último carro alegórico. E não faltou máquina de chope, bebida favorita do homenageado.

A escola exibiu fantasias e alegorias luxuosas, mas errou na evolução: em pelo menos dois momentos, por conta de dificuldade para movimentar alegorias, abriu espaços entre alas bem na frente das cabines de jurados.

Esse atraso acabou obrigando a momentos de correria no final do desfile.

O desfile da escola terminou fantando apenas 25 segundos para completar o tempo máximo de 70 minutos.

Por muito pouco a Grande Rio não foi punida com perda de pontos.

Desfile da Grande Rio homenageou Zeca Pagodinho – Foto – Reginaldo Pimenta/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
Paolla Oliveira, Rainha da Bateria da Grande Rio, na madrugada de domingo (19) para segunda (20) – Foto: Lucas Neves/Enquadrar/Estadão Conteúdo
Paolla Oliveira e o Diogo Nogueira se beijam durante desfile da Grande Rio – Foto: Pedro Kirilos/Estadão Conteúdo
Zeca Pagodinho durante o desfile da Grande Rio – Foto: Peter Ilicciev/Enquadrar/Estadão Conteúdo

Mocidade Independente de Padre Miguel

A Mocidade Independente de Padre Miguel foi a terceira escola a desfilar na Sapucaí.

A agremiação apresentou o enredo de mestre Vitalino, artista que fazia esculturas com barro e que deixou seguidores em Alto do Moura, bairro de Caruaru.

A escola até apresentou fantasias luxuosas, mas, diferentemente de outros anos, o samba não empolgou e ocorreram pequenos deslizes de evolução.

Algo que chamou bastante atenção, mas em um dos camarotes da Marquês, foi a presença ilustre de Giselle Bündchen.

A ex-modelo acompanhou o desfile da escola e foi bastante aplaudida.

Desfile da Mocidade Independente de Padre Miguel – Foto: André Moreira/Fotoarena/Estadão Conteúdo
No camarote, Gisele Bündchen acena durante desfile da Mocidade Independente de Padre Miguel – Foto: Pedro Kirilos/Estadão Conteúdo

Unidos da Tijuca

A Unidos da Tijuca foi a quarta escola a se apresentar.

Ela fez uma viagem pela baía de Todos os Santos, área da costa brasileira onde estão situadas Salvador e outras cidades baianas.

A agremiação surpreendeu com um efeito de luzes inédito nos desfiles.

Em um trecho da encenação da comissão de frente, as luzes da pista da Sapucaí foram reduzidas.

A proposta de interação com o público apresentava a atriz Juliana Alves, como Iemanjá, e um elemento cenográfico que dava a impressão de que a artista levitava durante a apresentação. O público foi ao delírio.

Durante o desfile a escola teve problemas técnicos e deve perder pontos por conta deles.

O último carro alegórico bateu em um viaduto quando manobrava para entrar na avenida e um elemento cenográfico (um farol de orientação marítima) foi danificado e atravessou a pista assim.

Um tripé passou metade do desfile pendendo para a esquerda, em vez de seguir pelo meio da pista de desfile.

Um dos destaques da escola foi a rainha de bateria, Lexa, cantora de funk.

Unidos da Tijuca desfila na Sapucaí – Foto: Cléber Mendes/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
Juliana Alves, como Iemanjá, na comissão de frente da Unidos da Tijuca – Foto: Cléber Mendes/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
Lexa, Rainha de Bateria da Unidos da Tijuca – Foto: PEdro Kirilos/Estadão Conteúdo

Salgueiro

O Salgueiro contou um enredo que questionou o que é pecado e defendeu a liberdade de expressão.

Quinta e penúltima escola a desfilar, a agremiação levou para a avenida fantasias e alegorias luxuosas.

A escola até fez um bom desfile, mas teve vários problemas técnicos.

Os dois primeiros carros alegóricos tiveram dificuldades para entrar na pista, o que ocasionou a abertura de espaço logo no início do desfile.

O samba também não foi dos mais empolgantes na avenida.

A atriz Viviane Araújo sambou novamente como rainha de bateria da escola.

Salgueiro desfila na Sapucaí – Foto: Cléber Mendes/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
Viviane Araújo, Rainha de Bateria da Salgueiro, durante desfile na Sapucaí – Foto: Thiago Ribeiro/Agif-Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo

Mangueira

A primeira noite de desfile foi encerrada pela Mangueira.

A escola contou a saga de mulheres africanas escravizadas e conduzidas à Bahia, que depois resultou na ida de seus descendentes para o Rio e Mangueira.

O samba contagiou o público. Neste ano, o enredo da Manguela e da Grande rivalizam como o mais popular do ano.

As fantasias e alegorias coloridas da escola também estavam adequadas ao enredo afro.

A Mangueira encerrou a primeira parte do Grupo Especial como a que mais contagiou o público, apesar do horário de término do desfile, por volta de 5h55.

A ministra da Cultura, a cantora e compositora Margareth Menezes, desfilou numa alegoria que representava um trio elétrico.

A cantora Alcione também foi destaque da escola e desfilou sentada em um dos carros alegóricos.

A segunda e última parte do desfile principal no Rio de Janeiro acontece a partir de 22h desta segunda-feira.

Mais seis agremiações vão para a avenida do samba contar novas histórias.

Mangueira desfila na Sapucaí – Foto: André Moreira/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Desfile da Mangueira – Foto: Pedro Kirilos/Estadão Conteúdo
Cantora Alcione desfila como destaque na Mangueira – Foto: Lucas Neves/Enquadrar/Estadão Conteúdo
Sair da versão mobile