O caso de Eliza Samudio volta à tona após a Netflix estrear, nesta quinta-feira (26), um documentário sobre a sua trágica morte. A produção, dirigida por Juliana Antunes, visa mostrar a perspectiva da vítima, morta aos 25 anos.
O documentário “A Vítima Invisível: O Caso Eliza Samudio” revela os objetivos reais da jovem, morta em 2010 a mando do ex-goleiro Bruno. Em mensagens, ela dizia querer viver sua vida “sem medo” e almejava alcançar “paz”.
Além disso, outras conversar com amigos sinalizam que, antes do assassinato, o ex-atleta lhe atraiu com a promessa de resolver o conflito entre eles. Nas mensagens, ela dizia: “Ele disse que quer tentar fazer diferente, que temos que viver em harmonia pelo nosso filho”.
A produção está no catálogo da Netflix e tem 1h41 de duração; assista o trailer acima.
Eliza Samudio: conversas expostas pela Netflix
O documentário busca revelar que, ao longo dos desdobramentos do caso criminal, colocaram a vítima em segundo plano. Ademais, mostram os ataques da população, que ridicularizavam suas manifestações.
Enquanto tentava mostrar sua versão, a rotulavam de oportunista e “maria chuteira”. Segundo as trocas de mensagens, Eliz Samudio buscava reconstruir a vida e procurava, na Justiça, uma forma de resolver “as coisas” com Bruno.
Na época, ela buscava reconhecer os direitos de Bruninho, filho fruto de uma relação com o ex-goleiro.
“Vou fazer supletivo a distância. Jamais vou encher o saco dele, tu sabe. Quero só paz para cuidar do meu filho e estudar… Viver minha vida sem medo. Quero terminar logo os estudos para fazer faculdade. Tomara que até la eu já tenha resolvido as coisas com o pai do meu filho. Depende da Justiça”, dizia.
A Netflix ainda revelou que, antes de desaparecer e constatarem sua morte, o ex-atleta a atraiu com promessas de apartamento e pensão alimentícia. Em seguida, não a encontraram mais.
Como está o goleiro Bruno em 2024?
Em liberdade condicional, o goleiro Bruno trabalha como entregador de móveis no Rio de Janeiro. A justiça o condenou a 23 anos e um mês de prisão pelo assassinato de Eliza Samudio em 2010.
Após cumprir parte da pena, recebeu o regime semiaberto em 2018 e, desde 2023, segue em liberdade sob condições supervisionadas. Recentemente, um vídeo o flagrou fazendo entregas, destacando seu processo de reintegração social, que inclui a busca por emprego como etapa fundamental dessa fase.
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