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Azeite fraudado: o que tem dentro dos frascos adulterados

Consumo de azeite traz diversos benefícios para a saúde

Azeites são removidos das prateleiras - Foto: Freepik

Nos últimos meses, a preocupação com a qualidade do azeite disponível no mercado brasileiro cresceu. A azeite fraudado se tornou um tema recorrente.

Até porque a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu, recentemente, a venda de duas marcas que não possuíam CNPJ no Brasil.

Esse alerta é apenas a ponta do iceberg. O azeite é o segundo produto mais falsificado no Brasil, apenas atrás dos pescados.

Com a popularização do azeite de oliva na culinária brasileira, a demanda por produtos de qualidade aumentou, mas isso também atraiu fraudadores.

O que os fiscais encontram no azeite fraudado?

De acordo com o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), os fiscais frequentemente encontram óleo de soja puro ou uma mistura deste com azeite verdadeiro.

Além disso, os produtos adulterados podem conter corantes e aromatizantes não autorizados. Esses aditivos são utilizados para enganar os consumidores, criando a ilusão de um produto de alta qualidade.

Outra preocupação relevante é a falta de controle sanitário nas fábricas clandestinas que produzem esses azeites.

Muitas delas não possuem registro junto ao governo, o que significa que não seguem as normas de higiene e segurança alimentar.

Isso torna o consumo de azeite fraudado não apenas uma questão de qualidade, mas também um risco à saúde do consumidor.

O caso recente da Anvisa

Na última terça-feira (24), a Anvisa anunciou a proibição de duas marcas, Serrano e Cordilheira, que foram importadas e distribuídas por empresas desconhecidas e sem CNPJ.

A Anvisa não divulgou se encontrou adulteração nos produtos, mas enfatizou que a origem dos mesmos era indefinida, o que gera dúvidas sobre a segurança e a qualidade do que está sendo comercializado.

Este tipo de ação visa permitir que os órgãos de vigilância sanitária realizem apreensões e protejam os consumidores.

A apreensão de azeite fraudado está em ascensão, com mais de 97 mil litros identificados apenas no primeiro semestre de 2024, superando o volume apreendido em todo o ano de 2023.

Como evitar o golpe

Para garantir a compra de um azeite de qualidade, é fundamental estar atento a algumas dicas. Primeiramente, opte por azeites envasados recentemente.

O termo “azeite”, em sua origem árabe, significa “suco de azeitona”, o que implica na importância do frescor do produto.

Tipos de azeite

A qualidade do azeite também é classificada em diferentes categorias:

  1. Azeite Extravirgem: o mais puro e de melhor qualidade, com acidez inferior a 0,8% e ausência de defeitos.
  2. Azeite Virgem: de qualidade intermediária, com acidez menor que 2%, mas pode apresentar alguns defeitos.
  3. Tipo Único: um azeite misturado com o refinado, geralmente alterado quimicamente, e indicado para frituras.

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