O médico Mark Chavez admitiu, em audiência na última quarta-feira (2), no tribunal federal de Los Angeles, ser responsável por fornecer cetamina ao ator Matthew Perry, falecido em outubro de 2023 devido a uma overdose.
Com a confissão, Chavez se torna o terceiro a assumir envolvimento na morte do ator, conhecido pelo papel de Chandler na série “Friends”.
O médico está em liberdade sob fiança até que sua sentença seja determinada. Ele também aceitou entregar sua licença profissional.
De acordo com a declaração de seu advogado, Matthew Binninger, em 30 de agosto, o médico lamenta profundamente o ocorrido e está empenhado em corrigir seu erro. Na audiência do mesmo dia, também esperava-se que Chavez se declarasse culpado.
Matthew Perry foi encontrado sem vida em uma banheira de hidromassagem por seu assistente pessoal, Kenneth Iwamasa, que dividia a residência com o ator.
Investigados pela morte de Matthew Perry
Além de Chavez, Kenneth Iwamasa e Erik Fleming também estão implicados no caso. Iwamasa confessou ter aplicado cetamina em Perry em várias ocasiões, incluindo no dia de sua morte. Fleming, por sua vez, revelou ter adquirido 50 frascos da substância e os repassado a Iwamasa.
As investigações continuam, e as autoridades americanas seguem apurando o possível envolvimento de outras duas pessoas: o médico Salvador Plasencia e uma mulher conhecida como Sangha, apelidada de “Rainha da Cetamina”, suspeita de tráfico.
Luta contra a dependência retratada em livro
Apenas um ano antes de sua morte, Matthew Perry havia lançado sua autobiografia, intitulada “Friends, Lovers and the Big Terrible Thing”, onde relata sua longa batalha contra o vício em drogas, especialmente durante os últimos anos das gravações de “Friends”.
Em uma passagem marcante, o ator escreve: “O inferno existe. Eu estive lá, é real, ponto final.” Perry, que já havia passado por tratamentos de reabilitação, esperava que sua obra pudesse servir de inspiração e apoio para outras pessoas em situações semelhantes.
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